
Um triller passado no pós 25 de Abril em que a anarquia e o caos reinavam na capital Portuguesa.
Nunca tinha lido um livro sobre agentes secretos, por achar o assunto já demasiado "batido" pela sétima arte, mas a verdade é que não me arrependi. O facto de o autor, Gerard de Villiers ser francês despertou-me a curiosidade acerca do ponto de vista de um estrangeiro quanto à n,ossa revolução, e de facto as descrições tanto dos locais como dos hábitos dos portugueses estavam tão pormenorizadas, que frequentemente me esqueci da nacionalidade do autor.
O enredo segue as aventuras do príncipe austríaco (e melhor agente da CIA) Malko Linge, que tem a importante missão em mãos de impedir que o governo português caia nas mãos da KGB. No entanto, nem mesmo o melhor agente da CIA conseguirá impedir que tal aconteça sem provocar danos colaterais. Entre tanto, por entre as ruelas de Alfama que tudo escondem e as vigiadas avenidas lisboetas, a revolução mostra o seu lado mais negro e conturbado.
Bem escrito, gráfico e bastante original, este Revolução dos Cravos de Sangue em tudo me agradou, excepto o lamentável facto de o autor vincar profundamente a sua posição política através do relato da história, fazendo por vezes dos heróis de Abril uns idiotas.
À parte deste pequeno "à parte", julgo que qualquer pessoa interessada pela Guerra Fria devia dar uma vistinha de olhos neste livro.
Curioso, vi este livro hoje mesmo no site da Saída de Emergência e procurei opiniões na net, mas não encontrei nenhuma.
ResponderEliminarAgora sim fiquei elucidada :)
Pena realmente esse "à parte", mas sem dúvida será interessante conhecer um pouco de como a CIA tentou puxar Portugal para a esfera de influência dos EUA, enquanto a KGB para a da União Soviética.
Ainda bem que te pude "elucidar" minimamente Jacqueline :D
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