Malta... Há esperança. Pouca, ténue e periclitante, mas ela existe. Depois de uma primeira temporada muito, mas muito mediana (e a tender para fraca), Falling Skies conseguiu arranjar uma segunda temporada mais interessante, mais bem feita, com uma narrativa melhor, grandes desenvolvimentos das personagens e uma abordagem melhor, de uma forma geral!
A sério, fiquei impressionado. Não se excitem demasiado, que continua a ser uma série mediana, só que esta temporada conseguiu tender para o "bom". Muitas personagens continuam a tomar decisões questionáveis, e os acontecimentos têm uma sequência algo... peculiar. Quase como se fossem programados de forma óbvia para aparecerem nos momentos em que vão causar mais impacto.
Sim, eu sei que é o que acontece com tudo, só que aqui é tão explícito que dói.
Mas vá, a verdade é que esta temporada foi consideravelmente melhor do que a anterior, com a maior parte das falhas a serem problemas que já vinham de trás. As personagens estão muito mais coerentes, se ignorarmos os últimos episódios e em especial as novas personagens, e a narrativa é muito mais sólida (e interessante, diga-se de passagem).
Só é pena que os diálogos continuem a ser péssimos. Das más decisões que as personagens fazem, enfim, já nem vale a pena e isso até melhorou um pouco. Mas os diálogos são, sinceramente, dolorosos.
Felizmente a trama adensou-se e teve direito a um momento final (relativamente) inesperado, ainda que não seja grande cliffhanger, como era suposto, mas que teve pelo menos a capacidade de me pôr a pensar "sim senhor, quero ver no que isto vai dar".
A grande força desta segunda temporada, no entanto, não está em nada daquilo que falei até agora. Não, esse papel fica para os skitters, aqueles aliens verdes e couraçados de muitas pernas que andavam pela primeira temporada a raptar crianças e a efectuarem o belo do mind control via centopeias gigantes e cintilantes.
A evolução deste grupo de personagens, especialmente as revelações que são feitas, são dignas de uma boa série, e fiquei com muita pena que se tenham perdido no meio de tantos dramas adolescentes vividos por adultos traumatizados. É que o argumento quer forçar o espectador a prestar atenção ao Tom, e à sua luta com os filhos, ou à sua luta com a médica que o tem apanhadinho, ou à sua luta com as patentes superiores, ou à sua luta consigo próprio, enfim, Tom, o grande, Tom, o importante, Tom, o protagonista.
Tretas. Mais tempo de antena para os aliens, se faz favor, que são tão mais interessantes que os humanos que até me sinto envergonhado.
Agora falta ver como é que tudo evoluiu. A série tinha tudo, neste ponto, para se tornar verdadeiramente boa, só não sei se aproveitaram ou não, mas nesta altura do campeonato já torço para que sim!
Como invejo essa inocência, apesar de ainda ser um pouco como tu: sempre a esperar o melhor.
ResponderEliminarComo (acho que) já disse por aqui esta serie apenas se mantém no ar por ter o nome do Steven Spielberg no genérico. Não posso acrescentar muito mais ao que dizes. Realmente os diálogos são maus, etc, etc, mas o raio dos finais de temporada deixam-me sempre com vã esperança de que talvez a próxima temporada seja melhor.
Irei ver a 5.º temporada (que estreia já no dia 28 deste mês), mas para mim vai ser a última.
Mantêm essa inocência ;)
Epah, aquilo tem óbvias falhas, que muito me chateiam... Mas a história parece estar a ir numa direcção decente. A ver vamos!
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