Uma história não tão inverosímil como parece à primeira vista. Uma ideia original, bem escrita, com uma história bem construída e bem contada, e que é, afinal, aquilo que se tem realmente passado com a Humanidade, ao longo dos séculos.
Uma espécie de história da loucura humana condensada. A Humanidade é reduzida a uma localidade, e os médicos reduzidos a um único indivíduo, que decide abrir um manicómio, e que fica conhecido como o Alienista.
São descritas as várias fases que se seguem, até que cheguei ao final, com uma vaga sensação de "eu sabia que isto ia acontecer, há 30 páginas atrás", misturado com "eia, que fixe". Inesperado e surpreendente? Nunca. Praticamente todo o enredo é facilmente adivinhável, e eu quase que descobri o final, nas primeiras 30 páginas.
Mas o livro consegue agradar, mesmo assim, e conseguiu-me manter agarrado, de uma forma que eu não estava à espera. Talvez seja a forma praticamente sem folhas como o livro está escrito, ou talvez tenha sido a ideia bizarra que está na sua origem. Provavelmente foi mais essa última, pois é precisamente as ideias estranhas e bizarras que mais me agradam (tanto para ler, como para escrever), especialmente se estiverem bem desenvolvidas, como esta está.
Leiam e vejam por vocês mesmos!
1 comentário:
Este pequeno livro tem uma história hilariante, sem dúvida!
E esta passagem sintetiza tudo:
«- Nada tenho que ver com a ciência; mas se tantos homens em quem supomos juízo são reclusos por dementes, quem nos afirma que o alienado não é o alienista?»
Deste autor aconselho também "Dom Casmurro". ;)
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