Um relato angustiante na primeira pessoa, de um condenado à morte. A história em si não é nada de especial, é o que poderíamos esperar de alguém condenado à morte: prisão, prisão e mais prisão.
O destaque aqui para aquilo que se sente. O autor, Victor Hugo, consegue transmitir na perfeição todas as emoções do condenado, como a raiva por ter sido preso, o ódio a quem o prendeu, a resignação de que vai morrer, o alívio de saber que a sentença foi adiada quatro dias, a frustração de saber que o recurso falhou...
Tudo isso nos é transmitido de forma quase subconsciente. O facto de ser narrado na primeira pessoa, pelo próprio condenado, facilita essa tarefa, já que lemos, em primeira mão, aquilo que ele está a sentir, e podemos assistir, com facilidade, às suas súbitas mudanças de espírito.
Bem escrito, deu-me vontade de procurar mais coisas deste autor, para ler. É claro, pelo menos pareceu-me, que o autor considera que as condições dos prisioneiros são demasiado duras, pois retrata-as todas a seco, dando uma ideia, se calhar, mais violenta do aquilo que realmente era, se bem que eu não tenho bem ideia de como eram essas condições.
Leiam este, e leiam mais do autor, que eu cá, vou fazer o mesmo!
2 comentários:
De Victor Hugo li alguns poemas e o romance "Noventa e Três", que também aconselho para além deste pequeno conto, que é uma dura e desumana introspecção de um condenado.
E claro que pretendo ler ainda "Os Miseráveis" e "Nossa Senhora de Paris"! ;)
Eu li este livro exactamente da mesma colecção. Li ainda poucos dos livrinhos, mas tenciono passar uma vista de olhos por todos.
Gostei imenso deste! Já tinha vontade de ler outras obras de Victor Hugo, mas ainda me deixou com mais vontade!
Gostei muito do vosso blog! :D
Continuem..
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