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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Disney Big #4


Argumento: Rodolfo Cimino, Abramo Barosso, Giampaolo Barosso, Guido Martina, Osvaldo Pavese, Jerry Siegel, Vincenzo Mollica, Carlo Panaro, Paola Mulazzi, Massimiliano Valentini, Rudy Salvagnini, Ennio Missaglia
Arte: Romano Scarpa, Giorgio Bordini, Luciano Capitanio, Luciano Gatto, Giuseppe Perego, Sergio Asteriti, Massimo De Vita, Giorgio Cavazzano, Carlo Limido, Alessandro Gottardo, Andrea Freccero, Silvio Camboni, Lino Gorlero, Alessandro Perina, Pier Lorenzo De Vita
Tradução: Ana Ferreira, Joana Berardo Frazão, Joana Fabião, Rafaela Mota Lemos

Opinião: Não faz mal a lombada deste livro ser vermelha, não faz mal a lombada deste livro ser vermelha, não faz mal a lombada deste livro ser vermelha, não faz mal não faz mal não faz mal, não não não nãaaaoooooooOOOooOOOOooo...

Malditos. Malditos sejam os responsáveis gráficos por esta colecção. Malvados. São as criaturas mais maléficas à face da Terra. A lombada do primeiro era vermelha. A do segundo era azul. A do terceiro era vermelha, o que foi estranho, quer dizer, não têm mais cores? Ficava mais porreiro, mas pronto, vermelho azul vermelho verde vermelho azul, ou vermelho azul vermelho azul vermelho e por aí fora, pronto, não parece ser o ideal, mas desde que faça sentido...

Mas não. Quando comprei esta a lombada era vermelha. O horror. A miséria. A calamidade. Duas lombadas seguidas com a mesma cor. Claro que ainda pode haver um padrão, mas vai ser um padrão idiota! Qual é o problema deles? QUAL?

Pronto, já passou. A sério. Vamos lá falar do conteúdo. Há algumas histórias boas, algumas menos boas, mas já não teve nenhuma que tenha considerado má, o que é uma vitória, se querem que vos diga. Há pelo menos um momento de brilhantismo e quatro histórias com um formato peculiar que me agradaram bastante.

O momento de brilhantismo surge no meio de uma série de histórias que, infelizmente, nem por serem centradas no Tio Patinhas e nas suas lutas contra quem lhe quer roubar o dinheiro e coisas parecidas se tornam agradáveis. São medianas. Talvez sejam demasiado antigas e os temas acabem por me escapar um bocado ao interesse, mas pronto.

No entanto nada como um momento de brilhantismo para salvar o dia. A certa altura, numa determinada história, o Tio Patinhas diz ao Donald algo como "retiro-te as palavras!" e saca dum pano com o qual limpa o balão de fala do Donald. Muito bom. Bueda meta. Como é óbvio, este momento destacou-se, para mim, mas não conseguiu salvar a história nem a primeira secção do livro.

Há uma secção com histórias relacionadas com filmes que não me disseram nada, e uma focada na secretária do Patinhas, que ainda que sejam interessantes por se focarem numa personagem pouco habitual e permitirem um vislumbre deste Universo pelos olhos de outra pessoa para além dos patos e dos ratos, não são nada de especial. A secção final, com o Huguinho, o Zezinho e o Luisinho como protagonistas, foi a que achei mais fraca, pois reduziu os miúdos, de uma forma geral, a um bando de miúdos normal, e os desgraçados são muito mais do que isso.

A secção que falta foi a minha favorita e consiste em histórias com o Pateta a ligar ao Mickey a horas indecentes a lembrá-lo que é Quarta-Feira e, portanto, dia de ele contar uma história. Bem, os risos são garantidos, aqui sim. A forma como os pormenores são inverosímeis e tão patetas logo ao início é engraçada, mas as mudanças on the fly que ele vai fazendo graças às sugestões do Mickey são qualquer coisa de especial. Vale verdadeiramente a pena.

Tirando isso tenho que considerar este livro pouco acima de mediano. Não é mau. Não é bom. É um bocadinho melhor que mediano.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Disney Especial: Patinhas vs Patacôncio


Argumento: Giovanna Bo, Fabio Michelini, Stefano Enna, Bruno Sarda, Gaya Perini, Bruno Concina, Giorgio Pezzin, Rodolfo Cimino, Ennio Missaglia, Massimiliano Valentini
Arte: Giorgio di Vita, Sergio Cabella, Luciano Gatto, Alessandro Gottardo, Graziano Barbaro, Ottavio Panaro, Stefano Intini, Danilo Barozzi, Comicup Studio, Andrea Lucci

Opinião: Depois de eu muito bradar aos céus, as minhas preces foram ouvidas! Não sei que tipo de divindade cartoonesca controla estas coisas, mas se descobrir ergo-lhe um altar. É que já li vários especiais e Big's deste renascer destas personagens por terras lusas, e devo ter dito em todas as críticas que gostava mesmo de ver o Patinhas era em confrontos com alguém. Especialmente se esse alguém fosse rico, poderoso, teimoso e implacável como ele. Acho que traz o melhor do Patinhas ao de cima.

E é então que lançam este especial inteiramente dedicado a confrontos entre o Tio Patinhas e o seu jovem inimigo, o Patacôncio! Trezentas e vinte páginas de porrada, sangue e tripas!

Não, isso não é aqui, esqueçam essa última parte.

Falemos das histórias. Há algumas parvas e inverosímeis, mas que não deixam de ser engraçadas, e há outras tantas que são mesmo muito boas. Logo para começar em força, uma história com um fim surpreendente, que nas mãos de um desenhador com outro estilo ainda tinha ficado melhor. Spoiler alert: é tudo um jogo no computador no Patacôncio. Foi interessante e altamente inesperado, mas tinha sido muito mais satisfatório se ao longo da história tivessem aparecido pistas subtis que permitissem chegar ao fim e pensar "ah, então é por causa disso que aconteceu aquilo".

Interessante de ver, também, são as histórias em que nenhum dos dois ganha. Mais que não seja porque nessas normalmente há algum tipo de colaboração entre os dois, ou uma rivalidade ainda mais acirrada do que o normal, o que implica mais interacção entre ambos. E isso é sempre bom de se ver. A dinâmica que conseguem ter entre inimizade e companheirismo é fascinante e raramente estragada por um argumento menos bom. Personagens que vivem verdadeiramente por si só!

Há ainda alguns destaques a fazer, como a história dupla com a participação do Avô Metralha, provavelmente o melhor Metralha de todos, e uma história que em si não tem nada de extraordinário (para além da primeira cena ser o Tio Patinhas a pedir a Brigitte em casamento), mas que tem uma arte absolutamente fantástica. O desenhador é Graziano Barbaro e fiquei fã! As personagens estão mesmo muito expressivas, e os desenhos cuidados são um regalo para os olhos.

Tirando uma ou duas histórias mais fraquitas, e o uso de "ciência" em pelo menos duas das histórias, este Especial foi uma óptima leitura e só posso redobrar a minha confiança nesta colecção!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Disney Big #1

Título: Disney Big #1
Argumentistas: Rodolfo Cimino, Bruno Sarda, Jerry Siegel, Carlo Gentina, Gian Giacomo Dalmasso, Manuela Marinato, Nino Russo, Bruno Concina, Giorgio Bordini, Fabio Michelini, Giampaolo Barosso
Desenhadores: Romano Scarpa, Luciano Milano, Nicola Tosolini, Giuseppe Perego, Francesco Guerrini, Giorgio Cavanazzo, Pier Lorenzo De Vita, Guido Scala, Maurizio Amendola, Paolo Ongaro, Maria Luisa Uggetti, Giorgio Bordini, Alessandro Barbucci, Massimo De Vita, Luciano Gatto
Tradutores: Ana Carvalho, Ana Ferreira, Igor Furão, Isabel Canhoto, Marta Amaral

Opinião: Para entrar a matar, acho que não existe uma única pessoa no planeta que não seja fã do Tio Patinhas, Pato Donald, Mickey, Pateta e companhia ilimitada. A sério, não acredito. As suas histórias acompanharam-me quando era (mais) puto, assim como a praticamente toda a gente, e na pior das hipóteses conheço pessoas que lhes são indiferentes.

Mas não gostar? Ainda está para aparecer a pessoa!

Não é, portanto, de estranhar, que tenha visto com bons olhos o nascimento da Comix e produtos derivados. BD's deste pessoal todo, publicadas com regularidade e com edições de qualidade! Fantástico!

Infelizmente nem sequer tenho espaço cá por casa para 4 Comix + 1 Hiper por mês, 1 Big por trimestre e edições especiais aleatórias. O dinheiro também não é muito, mas aguentava-se, só que enfim, tanto livro e ia gastar metade do meu orçamento com isto... Não pode ser.

Felizmente, por outro lado, apareceu a Big! 512 páginas por 4.9 euros, a sair a cada três meses. Será uma colecção lenta, mas uma que farei.

O primeiro volume, como devem ter reparado, já cá canta. E o que é que posso dizer, adorei! Sabe bem ler estas histórias, embora sinta falta dos desenhos menos estilizados e menos cartoonish. A maior parte das histórias presentes no livro têm um aspecto muito redondinho e muito perfeitinho, demasiado redondinho e perfeitinho para o meu gosto.

Mas a quantidade absurda de personagens clássicas e bem conhecidas é avassaladora. Tio Patinhas, Pato Donald, os sobrinhos, o Mickey, a Minnie, o Pateta, o Batista, os Metralha, a Maga Patalójika, o Gastão, o Professor Pardal, e tantos, tantos outros! É bom voltar a vê-los numa edição recente.

Este livro tem ainda a vantagem de misturar histórias mais recentes (há uma de 2004, e mesmo assim acabei de me aperceber que isso já foi há quase 10 anos) com histórias mais antigas (1964), e é interessante comparar as histórias e os estilos dos desenhos, por exemplo.

Dividido em várias secções, que se focam num tipo específico de história, este primeiro volume de Disney Big encheu-me as medidas. As traduções pareceram-me razoáveis, e há um momento em que aparece o seguinte: "assim... assado... assim... cozido...". Não sei se conseguem imaginar o que eu me ri, mas garanto-vos, ia caindo ao chão!

E depois há os pormenores interessantes, como o facto do Batista e da famosíssima caixa-forte serem sempre diferentes, de cada vez que aparecem. É bastante curioso.

Não posso é terminar sem dizer algumas palavras sobre aquela que deve ser a minha personagem favorita: o Tio Patinhas. Dono das suíças mais imponentes de sempre, e também de alguns trocos que já vi descritos como estando na ordem dos ziliões, quadriliões, impossibiliões e por aí adiante, este pato mal-humorado e com um relutante coração tão dourado quanto as suas moedas, é pura e simplesmente genial.

Ao ler este livro apercebi-me foi que gosto mais de o ver quando está a lutar contra alguém ao seu nível, como o Patacôncio, ou quando arregaça as mangas e se lança ao trabalho de forma mais séria. É fantástico vê-lo em expedições, ou a debater-se com um dos seus colegas zilionário.

Ah, e já agora, odeio profundamente o Gastão. O facto dele levar sempre a melhor sobre o Donald só me chateia um bocadinho, mas a personagem em si, aquela sorte toda, aquela arrogância que não lhe dá trabalho nenhum a manter... Irrita-me profundamente!

Mas as histórias em que aparece são interessantes na mesma. Este é, em suma, um bom livro, e mal posso esperar que o segundo volume me venha parar às mãos.