Título: The Restaurant at the End of the Universe
Autor: Douglas Adams
Opinião: Muito mais interessante que o anterior! Um livro com uma história mais estruturada, "The Restaurant at the End of the Universe" começa exactamente onde o outro acaba, e tem uma colecção de conceitos que a mim me pareceram infinitamente mais interessantes que os do primeiro livro.
O próprio Restaurante no Fim do Universo é uma ideia simplesmente fascinante. Neste mundo criado por Douglas Adams, as viagens no tempo são uma coisa relativamente banal e, como tal, alguém se lembrou de criar um restaurante em que o importante não é a localização espacial, mas a localização temporal. Não onde, mas quando.
Esse quando é exactamente no Fim do Universo. Este restaurante foi construído no futuro, e serve refeições durante as últimas horas do nosso Universo moribundo, permitindo a pessoas de todos os cantos do Universo e de todas as épocas, comerem enquanto assistem ao Fim do Universo, voltando depois às suas épocas e lugares respectivos.
Nesse restaurante, o grupo de viajantes composto por Ford, Trillian, Arthur e Zaphod, encontraram um antigo amigo do primeiro, Hotblack Desiato, que infelizmente não se encontra em, vá, condições de comunicar. Este Desiato é membro de uma banda de rock, conhecida em todo o Universo como a mais barulhenta. Achei a descrição dos concertos bastante interessante, já que o livro diz que o melhor sítio para ouvir o concerto é num bunker subterrâneo, a alguns quilómetros de distância do palco, e que os próprios músicos tocam os instrumentos à distância, numa nave em órbita à volta do planeta em questão.
Outra coisa genial é o Total Perspective Vortex, uma máquina que permite ao utilizador ter um vislumbre do infinito que é o Universo, com um pontinho microscópico dentro de um pontinho microscópico, a assinalar a pessoa em causa. Esta máquina é usada como tortura e forma de execução de prisioneiros, ao pôr a insignificância da pessoa em perspectiva com a imensidão do Universo. Genial ou genial?
No meio disto tudo, Ford e Arthur vão parar a uma nave que se dirige a um planeta, para um colonizar, e que descobrem ser um planeta que conhecem bastante bem, só que num passado longínquo; e Zaphod e Trillian, juntamente com Marvin, que é de longe a personagem mais interessante, se vêem envolvidos na demanda pelo homem que realmente comanda o Universo (e que é a segunda personagem mais interessante).
E pronto, é isto, um livro muito melhor que o primeiro, na minha opinião, e que demonstra o alcance da imaginação de Douglas Adams, algo já visto no primeiro livro, mas que me pareceu mal aproveitado. Este ainda não é perfeito, mas continua a ser pura comédia geek, só que melhor. Se a tendência destes livros for para melhorar, mal posso esperar pelos próximos!
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