Título: The Hobbit
Autor: J.R.R.Tolkien
Sinopse: Bilbo Baggins is a hobbit who enojys a comfortable, unambitious life, rarely travelling any further than his pantry or his cellar. But his contentment is disturbed when the wizard, Gandalf, and a company of dwarves arrive on his doorstep one day to whisk him away on an adventure. They have a plot to raid the treasure hoard guarded by Smaug the Magnificent, a large and very dangerous dragon. Bilbo is most reluctant to take part in this quest, but he surprises even himself by his resourcefulness and his skill as a burglar!
Opinião: E anos e anos depois de ter lido e ficado maravilhado com a trilogia Lord of the Rings pela primeira vez, de ter visto os filmes e de muito ter ouvido falar, lido e pesquisado sobre a Middle Earth de Tolkien e todo o mundo fantástico que criou, leio finalmente o livro que tudo começou!
Foi preciso ameaçarem-me com o filme, que prometia ser de uma espectacularidade acima da média (o que cumpriu), tendo em conta os três filmes da trilogia e os avanços na tecnologia de imagem e afins, para que eu me mexesse e lesse The Hobbit, até devia ter vergonha. Agora que o li, mal posso esperar para arranjar a trilogia em inglês, o Silmarillion e todas as outras obras de Tolkien a que seja humanamente possível deitar a mão...
Falando do livro em si, The Hobbit não tem a grandiosidade nem o tom épico da trilogia. É muito mais infantil, ou juvenil, melhor dizendo, o que era de esperar, já que começou por ser uma história que o escritor contou aos filhos, ainda pequenos. Como tal, é um livro muito mais ligeiro, menos denso, mais cómico e que se leva menos a sério, por assim dizer. É aqui que aparecem algumas das personagens que já toda a gente conhece, como Gandalf, Bilbo Baggins, Elrond e Gollum, embora se note que ainda não estão propriamente desenvolvidos.
O Gandalf de The Hobbit é um velhote folião, apenas com pequenos laivos do Gandalf mais dark e pesaroso da trilogia. A personagem fica assim ligeiramente menos interessante, mas esta diferença pareceu-me normal, na altura dos acontecimentos deste livro ainda o Mal que viria a cair sobre a Middle Earth não passa de uma ameaça que se julga subjugada e que muitos já esqueceram.
Elrond acaba por ser uma personagem menor, bastante importante, mas menor. Gollum acaba por estar praticamente igual, completamente louco, com a sua estranha forma de falar, a sua brutal bipolaridade e toda a aura de mistério e estranheza que o rodeia, sempre que aparece. A revelação deste livro é mesmo Bilbo, uma personagem menor na trilogia, e que aqui assume o papel de protagonista, revelando que é uma peça essencial para o destino da Middle Earth.
E não me posso esquecer dos anões, cada um com as suas particularidades e que são os companheiros de Bilbo, juntamente com Gandalf, de vez em quando, na sua viagem deveras inesperada. Thorin Oakenshield, o líder da companhia é mais grave e sério, mas os outros são bastante divertidos e uma das fontes de animação deste livro.
Por fim tenho que mencionar os wargs, os goblins, as águias, o grande Beorn, as aranhas de Mirkwood e Smaug, o dragão, cuja morte era o grande objectivo da demanda de Bilbo, Gandalf, Thorin e do resto do anões. São demasiadas coisas para mencionar em grande detalhe, quero apenas terminar por dizer que fiquei um bocado decepcionado. O livro é bom, mas não é assim tão espectacular quanto isso. A escrita é fenomenal, entenda-se, e já é possível entrever o mundo que Tolkien criou, com a sua fantástica mitologia muito própria, mas o facto de ser um livro mais juvenil tira-lhe algum interesse.
Aquilo que acontece a certa altura é que há momentos de grande tensão e que quase podiam dar um livro por si só, com problemas e dilemas e situações complicadas que são resolvidas em meia dúzia de páginas, de forma simples e sem espinhas. É um mal que, como já disse, pode ser atribuído e compreendido por The Hobbit ser um livro mais juvenil, uma história que começou por ser contada aos filhos de Tolkien, mas que faz com que eu não consiga delirar por completo com o livro.
Não posso no entanto negar que embora a grandiosidade esteja maioritariamente ausente, é possível entrevê-la, a espaços. The Hobbit pode não ser o melhor livro de Tolkien, mas não deixa de ser um bom livro e, acima de tudo, uma excelente introdução à Middle Earth.
Foi preciso ameaçarem-me com o filme, que prometia ser de uma espectacularidade acima da média (o que cumpriu), tendo em conta os três filmes da trilogia e os avanços na tecnologia de imagem e afins, para que eu me mexesse e lesse The Hobbit, até devia ter vergonha. Agora que o li, mal posso esperar para arranjar a trilogia em inglês, o Silmarillion e todas as outras obras de Tolkien a que seja humanamente possível deitar a mão...
Falando do livro em si, The Hobbit não tem a grandiosidade nem o tom épico da trilogia. É muito mais infantil, ou juvenil, melhor dizendo, o que era de esperar, já que começou por ser uma história que o escritor contou aos filhos, ainda pequenos. Como tal, é um livro muito mais ligeiro, menos denso, mais cómico e que se leva menos a sério, por assim dizer. É aqui que aparecem algumas das personagens que já toda a gente conhece, como Gandalf, Bilbo Baggins, Elrond e Gollum, embora se note que ainda não estão propriamente desenvolvidos.
O Gandalf de The Hobbit é um velhote folião, apenas com pequenos laivos do Gandalf mais dark e pesaroso da trilogia. A personagem fica assim ligeiramente menos interessante, mas esta diferença pareceu-me normal, na altura dos acontecimentos deste livro ainda o Mal que viria a cair sobre a Middle Earth não passa de uma ameaça que se julga subjugada e que muitos já esqueceram.
Elrond acaba por ser uma personagem menor, bastante importante, mas menor. Gollum acaba por estar praticamente igual, completamente louco, com a sua estranha forma de falar, a sua brutal bipolaridade e toda a aura de mistério e estranheza que o rodeia, sempre que aparece. A revelação deste livro é mesmo Bilbo, uma personagem menor na trilogia, e que aqui assume o papel de protagonista, revelando que é uma peça essencial para o destino da Middle Earth.
E não me posso esquecer dos anões, cada um com as suas particularidades e que são os companheiros de Bilbo, juntamente com Gandalf, de vez em quando, na sua viagem deveras inesperada. Thorin Oakenshield, o líder da companhia é mais grave e sério, mas os outros são bastante divertidos e uma das fontes de animação deste livro.
Por fim tenho que mencionar os wargs, os goblins, as águias, o grande Beorn, as aranhas de Mirkwood e Smaug, o dragão, cuja morte era o grande objectivo da demanda de Bilbo, Gandalf, Thorin e do resto do anões. São demasiadas coisas para mencionar em grande detalhe, quero apenas terminar por dizer que fiquei um bocado decepcionado. O livro é bom, mas não é assim tão espectacular quanto isso. A escrita é fenomenal, entenda-se, e já é possível entrever o mundo que Tolkien criou, com a sua fantástica mitologia muito própria, mas o facto de ser um livro mais juvenil tira-lhe algum interesse.
Aquilo que acontece a certa altura é que há momentos de grande tensão e que quase podiam dar um livro por si só, com problemas e dilemas e situações complicadas que são resolvidas em meia dúzia de páginas, de forma simples e sem espinhas. É um mal que, como já disse, pode ser atribuído e compreendido por The Hobbit ser um livro mais juvenil, uma história que começou por ser contada aos filhos de Tolkien, mas que faz com que eu não consiga delirar por completo com o livro.
Não posso no entanto negar que embora a grandiosidade esteja maioritariamente ausente, é possível entrevê-la, a espaços. The Hobbit pode não ser o melhor livro de Tolkien, mas não deixa de ser um bom livro e, acima de tudo, uma excelente introdução à Middle Earth.
6 comentários:
Achei o livro genial, mas se calhar foi por o ter lido antes da trilogia. É um livro mais ingénuo e alegre, sem dúvida, mas acho que o encanto dele reside mesmo aí :)
Jorge
Achei longe de genial, para ser honesto. Mas talvez seja por ter lido depois da trilogia, como dizes...
pronto, ok, esta era a que eu queria ver aqui e não vim comentar. sou indecente.
cá vai. eu pessoalmente adorei o livro, mas não tenho grande forma de comparar porque (shame on me) ainda não li a trilogia. a única altura que quis ver o livro a desenvolver um pouco mais foi nas riddles do bilbo com o gollum, em parte porque me falaram imenso desse bocadinho e fizeram um oversell daquilo que eu criei expectativas conforme o que me levaria a falar assim. achei que ia ser de armadilhas subtis, de uma malícia matreira, que se ia deixar desenrolar por umas páginas e criar o clima de tensão que queria ter sentido.. mas sim, suponho que tenha a ver com o facto de inicialmente ter sido uma história pensada para crianças.
quanto ao filme, estava bem mais fixe que esperava. a verdade é que apesar dos comentários as minhas expectativas baixaram bastante ao saber que iam dividir um livro tão pequeno por filmes, com muito menos conteúdo que a trilogia, ao invés de fazer um apenas. mas fui surpreendida, andaram a juntar pecinhas não foi?
also, depois desta i take it as a personal challenge emprestar-te um livro que adores a 100%.
Tens que ler a trilogia... E o Silmarillion, que eu também tenho, e tudo o resto! Tolkien foi, é!, um dos grandes.
O livro está porreiro, mas meh. I mean, é muito bom, mas acho que está longe de ser divinal, ou uma obra-prima, especialmente tendo em conta o resto da obra deste escritor.
Quanto ao filme, lá está, tem coisas tiradas do Silmarillion e afins... Em vez de se limitarem a passar para o ecrã a história do Hobbit, estão a usá-la como pano de fundo para praticamente toda a história que levou até à trilogia.
And I can't wait for your tries to beat that challenge :)
está tudo na minha lista :) o silmarillion é aquele de que sei menos, e provavelmente o que vou querer ler a seguir.
fora isso ainda tenho uns quantos livros que ainda vão dar para me entreter um tempo.. se este que estou a ler agora for fixe, depois passo-te. no total são 4 livros com pouco mais de 1cm de largura e ainda estou a ler o primeiro. "tempo suspenso" de philipp josé farmer, para o caso dessa memória te falhar :P
O Silmarillion tem potencial para ser o meu favorito, tens que pesquisar...
E sim, ainda me lembro do que andas a ler!
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