E neste excerto temos Thomas Hardy, no seu melhor, a falar do amor na condição humana, assim, do nada. As palavras são ditas pela boca de Sue Bridehead, prima e algo mais do Judas Fawley, o Obscuro do título.
"- À parte o nosso caso especial, é estranho para a natureza de um homem ter de amar uma pessoa quando lhe digam que deve fazê-lo. Seria mais plausível que ele o fizesse se lhe dissessem que não amasse... Se a cerimónia do casamento consistisse numa promessa e num contrato assinado entre as partes para deixarem de se amar desde essa hora em diante e evitar cada um a companhia do outro (quanto possível em público) haveria muito mais casais enamorados do que há presentemente. Imagina as entrevistas secretas entre o marido perjuro e a esposa, o receio de serem vistos juntos, as entradas furtivas pela janela do quarto, as ocultações nos armários... Haveria menos frieza, acredita."
Thomas Hardy, "Judas, o Obscuro"
1 comentário:
Amo Judas, o obscuro, livro excelente! =))
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