segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Os Vingadores #7


Argumento: Jonathan Hickman, Nick Spencer
Arte: Mike Deodato, Frank Martin, Stefano Caselli
Tradução: José H. de Freitas, Filipe Faria

Opinião: Mas qual é que é o problema da Marvel? Os X-men andam confusos e dedicados ao engonhanço, e parece que os Vingadores decidiram ir pelo mesmo caminho.

É verdade que no segundo capítulo desta revista se inicia o prelúdio à saga Infinito, mas mesmo assim a história recusa-se a avançar grande coisa. Em vez disso Hickman tem-nos servido número atrás de número de personagens com um grande impacto e que simplesmente desaparecem de cena, longos e cansativos momentos de exposição, súbitas batalhas que correm demasiado bem, e novos vilões ao virar de cada esquina.

Ah, e não esquecer o facto de que o pouco que a história vai avançado, é completamente incompreensível. Já me queixei disto antes, mas o argumento parece mais preocupado em introduzir pormenores novos relativamente à ameaça, do que a explicar de facto qual é a ameaça.

O resultado? Pfft, qual ameaça? Aquilo que eu tenho visto é que acontece uma coisa estranha e os Vingadores tratam mais ou menos dela, sem perceberem muito bem o que se passa. Depois acontece outra coisa estranha, e os Vingadores tratam mais ou menos dela, sem perceberem muito bem o que se passa. E todas essas coisas estranhas têm um aspecto ominoso e parecem ser um presságio de algo grande e poderoso... Presságio esse rapidamente ignorado pelos Vingadores, porque já há outra ameaça completamente-diferente-mas-completamente-relacionada-com-todas-as-outras.

Não há paciência. É que embora seja divertidíssimo ler as falas medievais do Thor, ou explorar a personagem do Hyperion, a história não está a passar disso. O que é uma pena pois, como eu já disse várias vezes, estas personagens têm um potencial imenso, e a história no início até prometia. Só que Hickman começou a perder-se em palhaçadas e já parece enamorado pelo próprio enredo.

Nada de bom, portanto. A arte parece-me banal, competente, mas banal e genérica. E nem vou falar das "explicações" no fim, que ainda são mais confusas que a BD. Venha daí o próximo número e logo conversamos...

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