sábado, 18 de julho de 2015

Como vão as Lusofonices?

Da minha perspectiva vão bem e recomendam-se. Faz amanhã um ano que comecei esta Temporada Temática, e já li 27 livros de autores lusófonos (4 ainda por publicar por aqui), o que perfaz um bocadinho mais de uma quarta parte da minha média de leituras por ano.

Um feito impressionante só por si, ter-me conseguido dedicar a esse nível. Ainda por cima não me fiquei pelos livros: falei de pelo menos um filme e incluí várias crónicas na lista, além de entrevistas, lançamentos de livros, declarações de guerra (Chagas Freitas, 'tou-te a ver!) e citações. Posso dizer, sem pudor, que estou orgulhoso do meu trabalho!

Alguns textos ficaram mais ranhosos do que outro, mas acho que ainda escrevi alguns que sim senhor, ficarão para a minha história pessoal, aqui o blog.

O que é que aprendi até agora? Para começar, que isto era suposto durar, dois, talvez três anos, mas acho que vai ser para demorar mais. Estou com vontade de definir um limite, digamos, 100 livros. Só para ter um final para a temporada.

Aprendi também que se as pessoas acham que autores lusófonos significa autores portugueses e brasileiros, andam a perder muita coisa. Depois de ler um livro do Agualusa, convenci-me definitivamente que literatura luso-africana é coisa para mim.

Escritas até agora fascinantes, com livros que além de contarem boas histórias, são bonitos. Tudo naquelas narrativas (Mia Couto e José Eduardo Agualusa) transpira, ao mesmo tempo, os países africanos que decidem apresentar, o português da língua, e uma capacidade hipnotizante de contar histórias. Mais no caso de Mia Couto no que de Agualusa, m as ainda li poucos livros de cada um para me pronunciar completamente quanto a este assunto, mas epah, por agora, contem comigo.!

A coisa mais importante que aprendi, no entanto, é que existe muita coisa. De todos os géneros possíveis e imaginários! Qualidade, enfim, é mais subjectivo, mas a mim parece-me que temos muita coisa e muita coisa boa. Eu pelo menos ando a descobrir com cada coisa, algumas já bem antigas, que se usaram sabe-se lá porquê.

Isto é de tal forma verdade que já me sinto assoberbado. De cada vez que vou à prateleira das Lusofonices, ela prece ter mais livros. Torna-se ridículo. Para lá de ridículo!

É desencorajador, mas por outro lado, olho para lá e caço várias coisas que me abrem o apetite e me pedem para mergulhar o mais rapidamente possível. É fantástico.

Por agora não se preocupem, que tenho mais quatro opiniões prontas a serem escritas, e vários livros aptos a fazerem parte da Lusofonices. Acho é que até ao próximo Julho sou bem capaz de ler mais do que os 27 livros que li entretanto. A ver vamos!

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