quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Harry Potter e o Cálice de Fogo

Título: Harry Potter e o Cálice de Fogo
Autor: J.K.Rowling
Tradutor: Isabel Fraga, Isabel Nunes e Manuela Madureira

Sinopse: Harry Potter nem quer acreditar na sua sorte! Afinal não vai ter de aturar os Dursleys até ao início do seu quarto ano em Hogwarts. Graças à Taça Mundial de Quidditch vai passar os últimos quinze dias de férias na companhia dos Weasleys e do seu amigo Ron. Mas a verdade é que nem tudo vai correr pelo melhor para o nosso herói. Quando Harry começa a sentir a sua cicatriz a doer terrivelmente, sabe que Lord Voldemort está de novo a rondá-lo e a ganhar poder. A Marca da Morte, que apareceu no céu, não pode significar outra coisa... Entretanto, este é um ano muito especial para Hogwarts, pois é lá que se irá realizar o célebre Torneio dos Três Feiticeiros, no qual Harry vai desempenhar um papel decisivo e que quase lhe irá custar a vida!! Pela segunda vez, Potter vê-se frente a frente com Voldemort, e ele sabe que o maior desejo do poderoso senhor das trevas é vê-lo morto... Outro livro maravilhoso!


---------- Esta opinião contém, muito provavelmente, alguns spoilers ----------

Opinião: Sobre este quarto volume, a minha mente, sempre muito engraçadinha, registou alto e bom som ou em letras garrafais, o que preferirem, que se devia chamar Harry Potter e a Sorte Endiabrada. A verdade é que gostei tanto do nome que o vou usar como título de um post que tenho planeado. E diga-se de passagem que é um título muito acertado... Em Harry Potter e o Cálice de Fogo, aquilo que por vezes lemos é um autêntico hino nacional, se a sorte fosse um país e Harry o seu único habitante.

Mas quanto a isso eu depois lá me queixo. O que importa é o resto do livro, que por acaso foi o primeiro da saga que reli, e aquele que mais reli, sendo esta, muito provavelmente a quarta ou a quinta vez. Porém, digamos que não fiz propriamente releituras, pois escolhia sempre apenas algumas partes, nomeadamente os capítulos do Torneio, com especial atenção para as 3 provas. É que apesar da tremenda sorte e excepcional ajuda que o Harry teve, não posso deixar de admitir que começa a demonstrar ter as características que um verdadeiro Gryffindor deve possuir.

Não foi ele que se lembrou de usar o Encantamento de Invocação para Invocar a sua Flecha de Fogo, na primeira prova, mas foi ele que voou estupidamente bem em cima dela e conseguiu ultrapassar o dragão. Não foi ele que teve a ideia de usar Guelracho, mas foi ele que nadou por ali fora e salvou metade dos reféns (ou seja, 2 pessoas) sozinho. Também não teve o mérito todo por descobrir o caminho até ao centro do labirinto praticamente incólume, mas vá, trabalhou bem.

Pormenor: a presença de Alastor "Olho-Louco" Moody, que se vem a revelar outra das minhas personagens favoritas, ajuda muito a que eu goste bastante deste quarto volume, juntamente com a realização do Torneio dos Três (quatro!) Feiticeiros. Nota-se praticamente o mesmo tom que no livro anterior, mais maduro, com um ambiente cada vez mais obscuro, a terminar no acontecimento que leva a que tudo se precipite, nos próximos livros.

Só não percebi muito foi a razão de a partir deste volume ser necessária a utilização de um batalhão de 4 tradutoras, quando ainda por cima parece que a tradução piorou, ou então foi a autora que teve um vaipe e decidiu que toda a gente devia dizer "Iá" (podiam pelo menos escrever YA!, que até pode ser menos correcto, mas parece MUITO menos estrago!), até Sirius e o próprio Hagrid, que apesar de já ser cliente habitual dum estilo de fala bastante tosco, à falta de melhor palavra, não deixa de ser estranho que responda "Iá" ao Dumbledore. Já para não falar dos pequenos brasileirismos, como o Ron a dizer que droga!,  ou algo do género, a certa altura, e a Hermione a terminar uma frase com valeu?.

Mas enfim, é um bom livro, apesar de tudo, que continua a provar que J.K.Rowling criou um bom Universo, e no qual se começam a atar algumas pontas soltas, complexificando (achei bonita, a palavra, mesmo que não exista) a narrativa e atiçando o interesse, pelo menos o meu, nesta saga maravilhosa.

1 comentário:

M. à conversa disse...

Este foi também um dos momentos da saga que mais gostei, agora quero lê-lo com toda a atenção e livrai-nos dos erros de tradução!