terça-feira, 2 de agosto de 2011

Harry Potter e a Pedra Filosofal

Título: Harry Potter e a Pedra Filosofal

Autor: J. K. Rowling

Opinião: E bom, parece que fui a primeira a dar início a este adorado desafio. Com orgulho o inauguro.

Antes de opinar sobre este primeiro e épico livro da saga da grande J. K. Rowling, vou falar um pouco sobre a minha experiência pessoal Harry Potter. (Mandem-nos também as vossas que nós com muito prazer publicaremos).

Ora bem, tinha exactamente onze anos quando o meu pai, na altura grande fã da saga, me disse que talvez já estivesse na hora de ler a Pedra Filosofal. Na altura gostava moderadamente de ler, e as letras pequeninas da edição da Presença assustavam-me um pouco. (Acho que nunca tinha lido um livro maior que aquelas 253 páginas).

Ligeiramente resignada, comecei a ler. Acerca da introdução mantenho a mesma opinião hoje em dia: aborrecida. Felizmente passei da primeira página e a história começou a tornar-se substancialmente mais interessante.

Rapidamente me identifiquei com o Harry, que tal como eu tinha onze anos. Entretanto dei por mim completamente absorvida pelo seu mundo. Rapidamente acabei o primeiro e passei ansiosamente para o segundo. Vivia para ler Harry Potter, e quando submergia à minha realidade tudo parecia desinteressante e pouco vivo. Os meus pais estavam a meio de um divórcio, a minha vida emocional estava instável e estava a entrar na pré-adolescência. Tudo me fazia mergulhar cada vez mais fundo na leitura das aventuras deste rapazinho corajoso e dos seus amigos. Foi para mim, tal como para Rowling, um verdadeiro escape à realidade.

À noite sonhava com as aventuras que tinha lido durante o dia e do que a minha ingénua e pura imaginação de onze anos ainda permitia, sonhava com a possibilidade de receber uma carta de Hogwarts. Eu praticamente vivia Harry Potter.

Quando finalmente acabei o Príncipe Misterioso senti-me vazia. Já não havia mais e o último NUNCA MAIS SAÍA.

Lá chegou por fim, em inglês. E então NUNCA MAIS TRADUZIAM.

Mas também a tradução chegou um dia, lançada a uma meia-noite de quinta-feira. Roguei à minha mãe que fossemos comprar o livro mas claro que ela disse que não.

Fui dormir em êxtase.

No dia seguinte de manhã acordei cedo, a minha mãe deu-me 25 euros para comprar o livro (nada caro) e lá fui eu apanhar o autocarro 35 para a escola. Ainda faltavam 45 minutos para a aula começar e eu corri até à livraria Multinova, perto da escola rezando para que tivessem o livro. Tinham.

Peguei religiosamente no exemplar que me tinha sido dado para as mãos e paguei-o com ansiedade. Saí da loja e li a primeira frase. Sorri.

Quando cheguei à escola mostrei o livro à minha melhor amiga que perguntou:

-Ele morre?

Saltei rapidamente para a última página de Os Talismãs da Morte e ambas lemos: "Há 19 anos que a cicatriz não lhe doía. Estava tudo bem."

Quanto à opinião sobre A Pedra Filosofal: Foi como se estivesse a ler de novo. Não com a mesma emoção, mas com o mesmo carinho. Li com mais interesse e ânsia do que qualquer outro livro que me tenha passado pelas mãos nos últimos quatro ou cinco anos. Óbvio.

2 comentários:

Esdani Romanovski disse...

Oi!
A minha relação com o Harry Potter começou por acaso.
No inicio de 2000, tinha 17 anos e usava aparelho. Ia ao dentista regularmente e, à saída, passava sempre pela Bulhosa, que ficava nessa rua, só para passar a mão pelos livros e conhecer as novidades.
Num belo dia, não sei bem como, cheguei mais de uma hora adiantada à consulta. Decidi, por isso, ir logo à Bulhosa comprar algo para me entreter. Em destaque, estava um livro grosso por apenas 1500 escudos (algo como 7,5€), cuja sinopse me pareceu interessante. Era uma leitura ligeira, que por certo cumpriria o propósito de me ajudar a passar tempo.
Li-o de uma assentada!No dia seguinte, fui logo comprar o segundo livro. Adorei aquela escrita envolvente, uma mistura de policial e fantástico. Depois tive de esperar até Março para o terceiro. Mas, no entretanto, surgiu o fenómeno Harry Potter e este livro já me custou o dobro do primeiro! Um bocado "puxado" numa altura em que a minha mesada era de 5000 escudos (25€). Foi aí que me apercebi de que foi uma sorte ter comprado aquele primeiro livro. Se já fosse famoso/caro naquela altura, muito provavelmente teria passado ao lado de uma colecção que muitas noites me deixou acordada ao longo dos anos.

Alice Matou-se disse...

Muito obrigada pela tua participação Esdani. A tua experiência será publicada aqui no blog amanhã :D