segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Harry Potter e Pormenores [1]



---------- Esta opinião contém, muito provavelmente, alguns spoilers ----------


As coisas que vou mencionar neste post não são propriamente erros. Incongruências, talvez. Ou erros de continuidade. Não tenho a certeza, até porque há várias coisas, de várias naturezas, incluindo erros de tradução. Avancemos.

Primeiro vou falar de um erro que provavelmente é de tradução. Em Harry Potter e a Pedra Filosofal temos UM PROFESSOR Sprout, enquanto que a partir de Harry Potter e a Câmara dos Segredos temos UMA PROFESSORA Sprout. Mas arrisco-me a dizer que isto é um mero erro de tradução, uma vez que na língua original, o inglês, tanto o professor como a professora fique the teacher. Nada de muito grave, portanto, apenas incoerente.

Depois quero tirar uma dúvida, e gostava que alguém me respondesse mesmo. Hogwarts é um castelo enorme, que alberga centenas de feiticeiros, incluindo uma boa dúzia de feiticeiros poderosos e extremamente competentes, bem como aquele que é considerado um dos mais poderosos de sempre, Albus Dumbledore. E logo no início do segundo livro, Harry e Ron embatem no Salgueiro Zurzidor, fazendo com que a varinha de Ron se parta. Juntando estas duas informações, seria de esperar que alguém lhe arranjasse a varinha, ou que, caso isso não fosse possível por alguma bizarra razão mágica, alguém se lembrasse de questionar se não era possível, como por exemplo o próprio Harry, que viveu até aos 11 anos sem ter a mínima consciência da existência de magia e de feiticeiros, e que, como tal, é bastante ingénuo no que toca a estes assuntos. Porque raio é que nenhuma destas coisas acontece?

Outra coisa que me faz confusão é o Basilisco. Hermione chega à conclusão que ele se move pelas canalizações, mas quer dizer, estamos a falar de uma cobra gigante... Mesmo que se consiga enfiar dentro das tubagens, sai por onde, para atacar os alunos? Pelas torneiras? E mesmo que este pormenor fique resolvido, estes ataques acontecem num castelo onde habitam, lá está, centenas de feiticeiros, dezenas de fantasmas e outras tantas criaturas mágicas, e nunca ninguém numa cobra gigantesca que se anda a passear pelos corredores? Enfim.

Por fim, gostava de perceber como é que Tom Riddle, ou melhor, a sua memória de há cinquenta anos atrás, sabe da existência de Harry Potter, o Rapaz-Que-Sobreviveu, ao Voldemort do seu futuro. Talvez Ginny lhe tenha contado, talvez tenha alguma coisa a ver com o facto do diário ser um Horcrux, je ne sais pas. Mas que me põe a pensar, lá isso põe.

E é isto, apenas alguns pormenores que fico sem perceber muito bem. Tenho no entanto que sublinhar o excelente trabalho que a autora fez, ao criar este Universo, que é, apesar de tudo, bastante coerente. Só aparecem de vez em quando alguns pormenores que... Enfim. Mas nada é perfeito, não é? Suponho que também tenha direito a criar umas situações comprometedoras, de vez em quando! Mas, volto a repetir, é na mesma um excelente trabalho, esta saga que se estende ao longo de 7 livros e de muitos anos, e a autora não merece nada menos que uma verdadeira catrafada de louvores!

6 comentários:

WhiteLady3 disse...

No original é "professor Sprout". :P

Também me perguntei sobre o arranjo da varinha, mas acho que ela não teria, verdadeiramente, arranjo. A única possibilidade de Ron ter uma varinha seria comprá-la e sabemos que os Weasleys não nadam em dinheiro (ao contrário do tio Patinhas :( ).

Acho que o Basilisco, apesar de andar pelas canalizações (que me parecem impor respeito, ou então como é um ser mágico, consegue adaptar o seu tamanho à situação) acho que saía para os ataques pela casa-de-banho onde matou a Murta, pelo lavatório que serviu de entrada a Potter e companhia para a Câmara.

O Tom fica a saber do Harry pelo que a Ginny lhe conta.

O que realmente me fez confusão foi o facto de o diário ser um Horcrux, pois uma horcrux é um pedaço de alma rasgado após se ter cometido um acto de tamanha crueldade. Achei que a morte da Murta não teria contado como tal, até porque não foi o Tom que a matou mas basilisco ainda que sob as suas ordens, mas pelo vistos sim. :/

Joana disse...

adoro o blog, tens muito jeito para a escrita, vou seguir, segue-me se quiseres :s

Beky disse...

Essa do sexo da pessoa Sprout sempre me fez confusão. Isso e - noutro livro - a professora Trelawny que passa a Sinistra, e que durante algum tempo me deixaram na dúvida se seriam duas pessoas diferentes ou a mesma.

Rui Bastos disse...

Mas WhiteLady, no final do sétimo livro, o Harry conserta a sua varinha partida usando a Varinha de Sabugueiro. E era o Dumbledore que a tinha. Ou seja, pelo menos o Dumbledore era capaz de lhe arranjar a varinha!

Obrigado Joana!

Por acaso tinha na ideia que a Sinistra era outra professora :o

slayra disse...

Ah, mas a Varinha do Sabugueiro não é uma varinha qualquer... LOL. :) Além disso acho que não se põe o facto de consertar uma varinha, porque é um objecto que mais cedo ou mais tarde tem de ser substituído; os feiticeiros têm várias varinhas ao longo da vida. Mais, suponho que a única forma de consertar uma varinha seria levá-la ao fabricante, duvido que qualquer pessoa pudesse fazê-lo... afinal uma varinha não é propriamente um caldeirão mas sim um objecto mágico poderoso e complexo que é descrito como sendo quase sapiente. :/

A Sinistra é a professora de Astronomia... LOL. Por isso a troca de nomes entre a Sinistra e a Trelawney é um erro de tradução. :D

M. à conversa disse...

Realmente a varinha do Ron sempre me fez confusão...