Por agora ainda sou apenas um daqueles livros escrito há quase 20 anos, de quem já ninguém se lembra, esquecidos em prateleiras poeirentas e à espera de uma oportunidade para voltarem a ser bestsellers.
A minha metáfora vai parar aqui, que eu não quero entrar pelas complicações que implica descrever-me como algo que "vende muito".
Caso ainda não tenham percebido, faço anos. 19, para ser mais exacto, um belíssimo número primo que representa, tecnicamente e pelo menos para quem fala inglês, o último ano da minha adolescência.
Francamente, o que esta idade significa para mim é basicamente... nada. Na prática estou um dia mais velho que ontem, como acontece todos os dias, portanto não é de admirar que responda sempre a gozar àquelas perguntas: "Então como é que te sentes agora que tens 19 anos?", como se tivesse havido algum processo mágico entre ontem e hoje que me alterou a forma de pensar e afins.
Já o que esta data significa é outra conversa. Raramente recebo um livro como prenda, seja em que altura for, ainda que isso esteja felizmente a mudar, mas aproveito sempre esta altura para sacar das minhas economias e satisfazer a minha vontade de passear por livrarias a folhear tudo o que possa ser folheado para escolher algo que me apeteça trazer para casa.
Digam o que disserem, poucas são as coisas que batam esses momentos. Uma delas é chegar a casa, folhear as aquisições, ler as sinopses e algumas páginas, explorar os livros e depois guardá-los nas estantes.
De resto, bem, as aulas começaram ontem e parece que já vejo o meu futuro a perder tempo livre, como se o tempo fosse algo líquido que escorresse por entre as falhas no meu horário e os buraquinhos das folhas de papel dos meus cadernos, ainda praticamente em branco mas fatalmente destinados a ficarem preenchidos a caneta com números, letras e desenhos.
Mas enfim, o costume, nada de especial. Se alguém no entretanto me quiser deixar uma prenda como a da imagem, à porta de casa, estejam à vontade. Qualquer livro, a sério. Se eu estiver interessado, guardo-o e eventualmente leio-o, se não estiver e for uma coisa demasiado execrável, sei lá, Margarida Rebelo Pinto, ou André Amaral, ou Stephenie Meyer, de certeza que arranjo formas bastantes interessantes de os usar.
Por agora cá fico, na minha jornada para me tornar um clássico...
2 comentários:
Olá Rui!
Idade bonita. Aproveita!
Muitos parabéns!
Abraço.
Olá Iceman! Muito obrigado!
Abraço.
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