Autor: Filipe Faria
Sinopse: Pearnon, o Escriba, continua zelosamente a contar a história de um mundo que um dia foi seu, ao longo de incontáveis e conturbadas Eras desde a sua criação. No livro anterior, a dolorosa e sangrenta demanda que levou Aewyre Thoryn e os seus companheiros através de Allaryia, saldou-se numa pesada derrota, apesar de terem conseguido escorraçar os exércitos de Asmodeon, pois O Flagelo regressou das sombras. Agora que o pai de Aewyre morreu para salvar o próprio filho, este parte para a Cidadela da Lâmina, um inquietante local de segredos ocultos. O jovem princípio terá de aprender a dominar a Essência da Lâmina, que aprtilha com Kror, ou lutar por ela com o drahreg num combate até à morte. Perigos milenares penetram insidiosamente uma vez mais em Allaryia e as tramas urdidas pel'O Flagelo começam finalmente a revelar-se, e os pesadelos passados ameaçam tornar-se um perigo muito real no presente. A única esperança reside no êxito que Aewyre e os seus companheiros obtiverem nas suas missões. Mas será possível vencer entidades tão superiores às suas forças?
Opinião: Enquanto lia este livro, a minha estranha memória fez questão de se lembrar da impressão que tive aquando da minha primeira leitura. E ou muito me engano ou não apreciei particularmente este volume. Agora vejo que usando esta informação num silogismo quase infantil, se pode provar que sou parvo.
É que se há coisa que este livro não é, é fraco. E não é, de longe, e apesar no que disse na minha primeira opinião, o mais fraquito até agora. Esse lugar está e estará inequivocamente guardado para A Manopla de Karasthan, a não ser que o Oblívio esteja tão mau que me apeteça ir bater no autor, por ter perdido tanto tempo com a saga.
O livro tem defeitos, como é óbvio. A divisão do grupo de protagonistas, a juntar aos maus da fita e companhia, leva a que a narrativa se fragmente em 6 ou 7 frentes diferentes. As consequências são óbvias. Filipe Faria já pode ser considerado um bom autor, pela altura deste livro, mas com pouca experiência, o que faz com que a já de si difícil tarefa de seguir tanta gente, se torne ainda mais complicada.
Senti muitas vezes que já não via determinada personagem há muito tempo. É esse, para mim, o grande defeito deste livro. Há personagens desenvolvidas até à exaustão e cuja história é seguida passo a passo, há outras menos visíveis, e há outras ainda que permanecem desaparecidas durante centenas de páginas para aparecerem e ficarmos a saber do que andaram a fazer em comentários quase levianos do narrador...
Enfim, tirando isso, tenho a dizer que fiquei com pena que a Cidadela da Lâmina não seja um cenário para livros futuros, por razões óbvias para quem tiver lido o livro. As personagens que lá se encontraram são das melhores desta saga, relativamente ao tempo de antena total que tiveram.
E a minha suposição mantém-se. A qualidade da saga aumenta de forma exponencial com o número de livros... Este é capaz de ser o melhor escrito até agora, ainda que acabe por, de certa forma, estagnar alguns aspectos da história em prol de um mais profundo desenvolvimento de algumas coisas que o autor quis frisar. A escrita está cada vez mais madura e bem trabalhada, e a história começa a mostrar um claro propósito, uma evolução bem demarcada, se quiserem. Nota-se que há um lento caminhar para algo, neste livro mais do que nunca... Os planos de Seltor estão em marcha e isso é claramente visível, o que me agrada bastante, já que Seltor é para mim a melhor personagem e muito provavelmente o melhor foco de espectacularidade das crónicas.
Agora vejamos o que me aguarda no quinto livro... Confesso que destes 4 primeiros tinha memórias mais intensas do que dos próximos 2, dos quais apenas tenho vagas ideias de alguns momentos. Acho que isto só vai fazer com que consiga retirar ainda mais prazer destas releituras, para além de aumentar a ansiedade em chegar ao último, o único que ainda não li e que guarda dentro das suas páginas uma saga que me é especial e que acompanho há vários anos...
É que se há coisa que este livro não é, é fraco. E não é, de longe, e apesar no que disse na minha primeira opinião, o mais fraquito até agora. Esse lugar está e estará inequivocamente guardado para A Manopla de Karasthan, a não ser que o Oblívio esteja tão mau que me apeteça ir bater no autor, por ter perdido tanto tempo com a saga.
O livro tem defeitos, como é óbvio. A divisão do grupo de protagonistas, a juntar aos maus da fita e companhia, leva a que a narrativa se fragmente em 6 ou 7 frentes diferentes. As consequências são óbvias. Filipe Faria já pode ser considerado um bom autor, pela altura deste livro, mas com pouca experiência, o que faz com que a já de si difícil tarefa de seguir tanta gente, se torne ainda mais complicada.
Senti muitas vezes que já não via determinada personagem há muito tempo. É esse, para mim, o grande defeito deste livro. Há personagens desenvolvidas até à exaustão e cuja história é seguida passo a passo, há outras menos visíveis, e há outras ainda que permanecem desaparecidas durante centenas de páginas para aparecerem e ficarmos a saber do que andaram a fazer em comentários quase levianos do narrador...
Enfim, tirando isso, tenho a dizer que fiquei com pena que a Cidadela da Lâmina não seja um cenário para livros futuros, por razões óbvias para quem tiver lido o livro. As personagens que lá se encontraram são das melhores desta saga, relativamente ao tempo de antena total que tiveram.
E a minha suposição mantém-se. A qualidade da saga aumenta de forma exponencial com o número de livros... Este é capaz de ser o melhor escrito até agora, ainda que acabe por, de certa forma, estagnar alguns aspectos da história em prol de um mais profundo desenvolvimento de algumas coisas que o autor quis frisar. A escrita está cada vez mais madura e bem trabalhada, e a história começa a mostrar um claro propósito, uma evolução bem demarcada, se quiserem. Nota-se que há um lento caminhar para algo, neste livro mais do que nunca... Os planos de Seltor estão em marcha e isso é claramente visível, o que me agrada bastante, já que Seltor é para mim a melhor personagem e muito provavelmente o melhor foco de espectacularidade das crónicas.
Agora vejamos o que me aguarda no quinto livro... Confesso que destes 4 primeiros tinha memórias mais intensas do que dos próximos 2, dos quais apenas tenho vagas ideias de alguns momentos. Acho que isto só vai fazer com que consiga retirar ainda mais prazer destas releituras, para além de aumentar a ansiedade em chegar ao último, o único que ainda não li e que guarda dentro das suas páginas uma saga que me é especial e que acompanho há vários anos...
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