Autor: Filipe Faria
Sinopse: As Crónicas de Allaryia são já um clássico da high fantasy portuguesa, aproximando-se, com este quinto volume, do furioso clímax da odisseia iniciada cinco anos atrás. As hostes d'O Flagelo despertaram do seu torpor e estão de novo à solta no continente. A Cidadela da Lâmina foi arrasada. Sirulia foi posta a ferro e fogo. Aves de mau agouro sobrevoam Nolwyn, enquanto Ul-Thoryn começa os preparativos de guerra contra Vaul-Syrith. Neste novo capítulo das Crónicas de Allaryia, os companheiros que deram início a uma quase ingénua demanda n'A Manopla de Karasthan estão separados, perdidos, desesperançados. Embora poucos o saibam, a esperança reside em Aewyre Thorin, mas cada um dos companheiros terá um papel a desempenhar no vindouro conflito, encontrando-se porém privados do poder da sua união. Perseguidos por algozes do seu passado, deixados à deriva em terras desconhecidas, ou aprisionados entre inimigos que julgavam amigos, vêem-se confrontados com a iminente imersão de Allaryia nas trevas que todos já julgavam desbaratadas. Porém, Seltor, o precursor destas, aprendeu com os erros do passado e os seus propósitos não mais parecem os mesmos; ou pelo menos, não aparentam de todo ser o que dele se espera...
Opinião: Com a saga a melhorar a cada volume que passa, este Vagas de Fogo é, até agora, o que achei melhor escrito e que tem a história melhor explorada. E só não digo desenvolvida, porque há momentos em que a coisa se arrasta um bocado.
Aquilo que eu mais me lembrava de ter achado pior aquando da minha primeira leitura, foi a dispersão das personagens e, consequentemente, das linhas narrativas. Algo que já tinha sucedido no quarto volume e que neste apenas se acentua, com 6 ou 7 linhas narrativas ao mesmo tempo. Isto traz óbvios problemas no que diz respeito ao seguimento das personagens. Há algumas, deveras interessantes, até, que aparecem 4 ou 5 vezes ao longo do livro, em capítulos pequenos e quase ingratos.
Mas nem é assim tão mau. Do que me lembrava, pensei que estivesse pior. Apesar da história dispersa e dos cenários tão díspares que parecia que estava a ler 2 ou 3 livros diferentes ao mesmo tempo, o autor conseguiu lidar bem com a situação. Claramente mais maduro, tanto a esse nível como a nível de escrita, Filipe Faria mostra muita qualidade neste livro, uma característica que tem vindo a aumentar de volume para volume. Mas acho que é também possível ver que ainda há potencial, e que tanto o escritor como as Crónicas ainda podem melhorar...
E afinal qual é que é a melhor parte deste livro em particular? Não me lembro se já aqui mencionei a minha afeição especial pelo grande vilão, Seltor, mas SEEEELTOOOOOR!! É uma personagem absolutamente fenomenal, e os seus planos vão cada vez mais ganhando forma e apontando numa direcção específica. Uma direcção absolutamente indecifrável, mas uma direcção. Não há uma única personagem no livro que faça a mais pálida ideia do que raio anda ele a maquinar, nem mesmo os seus servos mais próximos e leais. Quanto mais quem lê, não é verdade?
Eu pessoalmente tenho uma vaga ideia, mas parece-me demasiado estrambólica para ser verdade. E nem sei precisar qual é a ideia que tenho... Não consigo pensar em nada que faça verdadeiramente sentido. É demasiado estranho. Só posso ficar à espera dos desenvolvimentos e atestar a qualidade deste volume.
As personagens continuam como a melhor parte, claro. Seltor, enfim, nem digo mais nada. As outras são intrigantes, especialmente os maus da fita, mas muito sinceramente não tenho o mínimo de paciência para os amores e desamores das personagens. Basta a relação intempestiva entre o Quenestil e a Slayra... Aborreceu-me de morte.
Tirando isso, é um livro muito bom. E que apenas conseguiu acicatar a minha já de si gigantesca e acirrada curiosidade para saber o fim da saga. Só de imaginar que ainda me falta todo um livro até chegar ao último! Mas pelo menos é um livro em que vão acontecer umas coisas interessantes, se bem me lembro...
Aquilo que eu mais me lembrava de ter achado pior aquando da minha primeira leitura, foi a dispersão das personagens e, consequentemente, das linhas narrativas. Algo que já tinha sucedido no quarto volume e que neste apenas se acentua, com 6 ou 7 linhas narrativas ao mesmo tempo. Isto traz óbvios problemas no que diz respeito ao seguimento das personagens. Há algumas, deveras interessantes, até, que aparecem 4 ou 5 vezes ao longo do livro, em capítulos pequenos e quase ingratos.
Mas nem é assim tão mau. Do que me lembrava, pensei que estivesse pior. Apesar da história dispersa e dos cenários tão díspares que parecia que estava a ler 2 ou 3 livros diferentes ao mesmo tempo, o autor conseguiu lidar bem com a situação. Claramente mais maduro, tanto a esse nível como a nível de escrita, Filipe Faria mostra muita qualidade neste livro, uma característica que tem vindo a aumentar de volume para volume. Mas acho que é também possível ver que ainda há potencial, e que tanto o escritor como as Crónicas ainda podem melhorar...
E afinal qual é que é a melhor parte deste livro em particular? Não me lembro se já aqui mencionei a minha afeição especial pelo grande vilão, Seltor, mas SEEEELTOOOOOR!! É uma personagem absolutamente fenomenal, e os seus planos vão cada vez mais ganhando forma e apontando numa direcção específica. Uma direcção absolutamente indecifrável, mas uma direcção. Não há uma única personagem no livro que faça a mais pálida ideia do que raio anda ele a maquinar, nem mesmo os seus servos mais próximos e leais. Quanto mais quem lê, não é verdade?
Eu pessoalmente tenho uma vaga ideia, mas parece-me demasiado estrambólica para ser verdade. E nem sei precisar qual é a ideia que tenho... Não consigo pensar em nada que faça verdadeiramente sentido. É demasiado estranho. Só posso ficar à espera dos desenvolvimentos e atestar a qualidade deste volume.
As personagens continuam como a melhor parte, claro. Seltor, enfim, nem digo mais nada. As outras são intrigantes, especialmente os maus da fita, mas muito sinceramente não tenho o mínimo de paciência para os amores e desamores das personagens. Basta a relação intempestiva entre o Quenestil e a Slayra... Aborreceu-me de morte.
Tirando isso, é um livro muito bom. E que apenas conseguiu acicatar a minha já de si gigantesca e acirrada curiosidade para saber o fim da saga. Só de imaginar que ainda me falta todo um livro até chegar ao último! Mas pelo menos é um livro em que vão acontecer umas coisas interessantes, se bem me lembro...
2 comentários:
Eu quando li pela primeira vez a saga... Gostei dos primeiros livros, mas cheguei ao quinto e achei uma seca! Tirando o final (quando eles regressam e tal) e Seltor (SIIIIM, best ever, e aquela cena dos deuses?, epa eu achei isso tão awesome), não achei muita graça.
Comecei já a reler. Espero mudar de opinião.
No que toca às Crónicas, sou TEAM SELTOR ALL THE WAY! A cena dos deuses é, passe o trocadilho, divinal...
E vais ver que mudas de opinião ;)
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