Provavelmente o livro desta colecção que mais me custou a ler. A escrita não é propriamente má, até teve alguns momentos agradáveis, mas é a história que não me convence.
Se bem que não sei do que estou a falar. História? Qual história? Não há história, não há propósito, não há um fio condutor estável, nada. Nesse aspecto tem mais parecenças com um poema, se pensar bem nisso. Até tem um começo emocionante, com gente a morrer, barulho, confusão e tal, ao mesmo tempo que uma aula de piano corre sem se deter durante mais de alguns segundos no incidente lá fora.
Depois disso... Perde-se tudo. Completamente. Um narrar de momentos do dia-a-dia de uma mulher e do seu filho. Nem é de dias completos, é apenas uma monótona sucessão do mesmo momento ao longo dia, o momento em que a mulher vai até a um bar, se encontra com um homem, e bebem juntos, enquanto falam, e o seu filho brinca, no passeio.
Ou seja, tão cedo não me apanham a ler um livro desta autora. Até pode ter livros óptimos, e este ser a excepção, ou se calhar sou eu que não sei apreciar, pois já li comentários a dizerem que cada livro de Duras é como um pedaço de um grande e belo poema, e se calhar até têm razão, mas como poesia não é comigo, não consigo entender.
Talvez preciso é de ler mais livros dela, para o perceber, mas a não ser que alguma crítica particularmente entusiástica me mostre que existe algum livro desta autora que valha a pena ler... Não o farei, e não aconselharei ninguém a fazê-lo.