quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dos Livros

Pelo que percebi, este "Dos Livros" é apenas um excerto de um livro maior, pertencente a uma colecção de ensaios de Montaigne.

E, tal como vem bem explícito na introdução, não é uma história, ou mesmo um ensaio na verdadeira acepção da palavra. É antes uma simples transposição de pensamentos, da mente do autor para o papel.

Neste "mini-livro" propriamente dito, Montaigne fala de livros, e da leitura (não fosse isto uma edição comemorativa do Dia do Livro), realçando bem a diferença entre o valor universal de um livro, e o seu valor pessoal.

Claro que o livro tem todo ele um tom muito pessoal, e que me deu a impressão que o autor conversava consigo mesmo, numa espécie de monólogo em que divaga livremente sobre o assunto escolhido.

Só tenho pena que o livro seja mesmo mini mini, pois gostei dos raciocínios do autor. E também porque não pude apreciar a sua escrita como deve ser, embora me tenha parecido sublime.


"Quero que se comece pelo último ponto; compreendo suficientemente o que significam morte e volúpia; não se entretenham a dissecar estas noções; procuro razões conclusivas, boas e firmes, que me ajudem a aguentar o esforço. Nem as subtilezas dos gramáticos, nem o engenhoso agenciamento das palavras e da argumentação me são úteis."

Sem comentários: