terça-feira, 13 de março de 2012

Alice's Adventures in Wonderland

Título: Alice's Adventures in Wonderland
Autor: Lewis Carroll

Sinopse: One of the most popular and most quoted books in English, Alice's Adventures in Wonderland was the creation of Charles Lutwidge Dodgson (1832-1898), a distinguished scholar, mathematician and author who wrote under the pseudonym Lewis Carroll. Written for young readers but enjoyed equally by adults, the wonderfully fantastic tale is credited with revolutionizing children's literature and liberating it from didactic constraints.

The story is deeply but gently satiric, enlivened with an imaginative plot and brilliant use of nonsense, as it relates Alice's adventures in a bizarre, topsy-turvy land underground. There she encounters a cast of strange characters and fanciful beasts, including the White Rabbit, March Hare, Mad Hatter, the sleepy Dormouse and grinning Cheshire Cat, the Mock Turtle, the dreadful Queen of Hearts and a host of other unusual creatures.

Opinião: Já tinha lido a versão portuguesa há uns tempos, para além de já ter visto o filme da Disney uma carrada de vezes, portanto não havia propriamente muita surpresa no que tocava à "história" ou ao ambiente retratado.

Mas digo já que ler este livro em inglês, com as ilustrações originais é algo simplesmente delicioso. É nonsense puro, do princípio ao fim, cujo único objectivo é entreter, sem grandes artifícios literários, apesar da escrita cuidadosa e claramente habilidosa de Lewis Carroll.

Tão habilidosa que dá pena que o livro seja tão pequeno. Os paradoxos e enigmas que ficam no ar deixam água na boca além das situações completamente absurdas e exploradas até a um nível tão ridículo que se tornam hilariantes só porque sim. É que deixam de fazer sentido e passam a ser apenas situações que induzem ao riso espontâneo e involuntário.

E estão cá quase todos aqueles momentos que aparecem no clássico da Disney, e quase todas as personagens absurdamente hilariantes, de tão ridículas, como o Coelho Branco, sempre atrasado, o Chapeleiro Louco, sempre louco e a tomar chá, a Rainha, sempre a mandar cortar cabeças, o Gato de Cheshire, sempre a sorrir, entre muitas outras!

Por falar em Gato de Cheshire, cá fica uma das passagens a que achei mais piada:

"All right," said the Cat; and this time it vanished quite slowly, beginning with the end of the tail, and ending with the grin, which remained some time after the rest of it had gone.

"Well! I've often seen a cat without a grin," thought Alice; "but a grin without a cat! It's the most curious thing I ever saw in all my life!"

Não me perguntem porquê, mas este "cat without a grin" e "a grin without a cat" fascina-me... E pronto, basicamente é isto, não sei muito bem como opinar sobre este livro, tem muita parvoíce (no bom sentido) e momentos absolutamente hilariantes, está escrito em puro nonsense, mas mantendo sempre uma certa distinção que não sei explicar. Enfim, é um clássico que acho que vale sempre a pena a ler!

2 comentários:

Plácido Zacarias disse...

Vejo que se dedica agora à leitura em inglês. Faz muito bem; é sempre um "crime" ler uma tradução quando não faltam tempo nem capacidade. Algum sentido de ler "um clássico" é perdido quando os pormenores idiomáticos são ocultador por traduções - que são frequentemente medianas.

Rui Bastos disse...

É coincidência estar a ler tantos em inglês seguidos! Mas a verdade é que encontrei uma mão cheia de óptimas edições em inglês ao preço da chuva...

E concordo, mesmo não sendo um clássico, há sempre alguma coisa que se perde na tradução.