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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Disney Especial: Horror

Título: Disney Especial: Horror

Argumento: Carlo Panaro, Massimo De Vita, Augusto Machetto, Francesco Guerrini, Fausto Vitaliano, Nino Russo, Casty, Marco Gervasio e Marco Bosco

Ilustrações: Massimo De Vita, Daniela Vetro, Francesco Guerrini, Francesco D'Ippolito, Andrea Freccero, Giorgio Di Vita, Valerio Held, Silvio Camboni, Giampaolo Soldati, Marco Gervasio, Luciano Milano

Opinião: Mais um livro de Mickey, Donald, Tio Patinhas, Pateta e companhia limitada, desta vez sobre a temática do horror.

Eu já devia estar à espera, mas isto de horror só mesmo o nome. A coisa mete uns monstros e uns fantasmas, às vezes, mas enfim, é para putos, não é verdade? Mas eu meti na cabeça que iam ser mesmo histórias de horror, ainda que levezinhas, e confesso que fiquei desapontado.

E depois há uma série de coisas que me chateiam: o Mickey parece ser um favorito dos fãs, assim como as suas histórias, mas eu juro que não suporto os policiais manhosos em que figura sempre. Mistérios dum lado e doutro, e eu sem paciência para ver o Mickey a resolver tudo por pura sorte ou por ser a única pessoa sensata EM TODO O UNIVERSO.

É puramente gosto pessoal, que as histórias até nem costumam estar mal feitas, mas faleço-me todo de cada vez que me aparece uma história destas com o Mickey. Houve uma que se safou mais ou menos, porque tinha uma ideia engraçada: sustogramas. Imaginem uma máquina que vos captura o vosso sustograma e vos tira a capacidade de ter medo. Os sustogramas ficam fantasminhas esverdeados aprisionados em espelhos.

Eu estava a ler aquilo e a pensar "genial, absolutamente genial". Se esquecerem as personagens e os detalhes específicos da história e pensarem na ideia em si, dá para simplesmente agarrar nela e desenvolver uma história qualquer. Por acaso é algo que me fascina neste universo de ratos e patos: a quantidade de ideias fabulosas mascaradas de histórias infantis (e infantilizadas).

Mas como se os policiais do Mickey não fossem o suficiente para me aborrecer, os desenhos modernos e cartoonescos também me batem na tecla errada. Aquilo que ganham em cores vivas e curvas, perdem em detalhes intricados e um ar mais "real", se é que se pode chamar real a um pato de suíças que fala e usa cartola. Vocês percebem.

No fundo gosto dos desenhos como os da história com fantasmas escoceses presente neste livro, que ainda por cima revisita o passado (muuuuito passado) do Tio Patinhas, o que consequentemente me leva a querer reler A Saga do Tio Patinhas, um dos melhores livros de BD que já li, e sem dúvida alguma o meu favorito deste universo em particular.

Pelo meio ainda houve tempo para uma história confusa mas fofíssima de um Donald em criança, outra em que o Donald leva a melhor sobre o Gastão, e que me agradou por isso mesmo,

- TOMA GASTÃO, TOMA, TOOOOOOOOOOOMAAAAAAAAAAAA -

já para não falar de uma história muito boa com o Professor Ludovico e um monstro, que tem um fim tão, mas tão triste, que é a que mais se aproxima de uma verdadeira história de terror, apesar do tom cómico.

Isto tudo para dizer que o livro é uma boa leitura, com alguns pormenores que não me agradaram tanto, mas que não foram o suficientes para eliminar por completo as pequenas e dissimuladas gargalhadas que tive que ir soltando de vez em quando.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Disney Big #1

Título: Disney Big #1
Argumentistas: Rodolfo Cimino, Bruno Sarda, Jerry Siegel, Carlo Gentina, Gian Giacomo Dalmasso, Manuela Marinato, Nino Russo, Bruno Concina, Giorgio Bordini, Fabio Michelini, Giampaolo Barosso
Desenhadores: Romano Scarpa, Luciano Milano, Nicola Tosolini, Giuseppe Perego, Francesco Guerrini, Giorgio Cavanazzo, Pier Lorenzo De Vita, Guido Scala, Maurizio Amendola, Paolo Ongaro, Maria Luisa Uggetti, Giorgio Bordini, Alessandro Barbucci, Massimo De Vita, Luciano Gatto
Tradutores: Ana Carvalho, Ana Ferreira, Igor Furão, Isabel Canhoto, Marta Amaral

Opinião: Para entrar a matar, acho que não existe uma única pessoa no planeta que não seja fã do Tio Patinhas, Pato Donald, Mickey, Pateta e companhia ilimitada. A sério, não acredito. As suas histórias acompanharam-me quando era (mais) puto, assim como a praticamente toda a gente, e na pior das hipóteses conheço pessoas que lhes são indiferentes.

Mas não gostar? Ainda está para aparecer a pessoa!

Não é, portanto, de estranhar, que tenha visto com bons olhos o nascimento da Comix e produtos derivados. BD's deste pessoal todo, publicadas com regularidade e com edições de qualidade! Fantástico!

Infelizmente nem sequer tenho espaço cá por casa para 4 Comix + 1 Hiper por mês, 1 Big por trimestre e edições especiais aleatórias. O dinheiro também não é muito, mas aguentava-se, só que enfim, tanto livro e ia gastar metade do meu orçamento com isto... Não pode ser.

Felizmente, por outro lado, apareceu a Big! 512 páginas por 4.9 euros, a sair a cada três meses. Será uma colecção lenta, mas uma que farei.

O primeiro volume, como devem ter reparado, já cá canta. E o que é que posso dizer, adorei! Sabe bem ler estas histórias, embora sinta falta dos desenhos menos estilizados e menos cartoonish. A maior parte das histórias presentes no livro têm um aspecto muito redondinho e muito perfeitinho, demasiado redondinho e perfeitinho para o meu gosto.

Mas a quantidade absurda de personagens clássicas e bem conhecidas é avassaladora. Tio Patinhas, Pato Donald, os sobrinhos, o Mickey, a Minnie, o Pateta, o Batista, os Metralha, a Maga Patalójika, o Gastão, o Professor Pardal, e tantos, tantos outros! É bom voltar a vê-los numa edição recente.

Este livro tem ainda a vantagem de misturar histórias mais recentes (há uma de 2004, e mesmo assim acabei de me aperceber que isso já foi há quase 10 anos) com histórias mais antigas (1964), e é interessante comparar as histórias e os estilos dos desenhos, por exemplo.

Dividido em várias secções, que se focam num tipo específico de história, este primeiro volume de Disney Big encheu-me as medidas. As traduções pareceram-me razoáveis, e há um momento em que aparece o seguinte: "assim... assado... assim... cozido...". Não sei se conseguem imaginar o que eu me ri, mas garanto-vos, ia caindo ao chão!

E depois há os pormenores interessantes, como o facto do Batista e da famosíssima caixa-forte serem sempre diferentes, de cada vez que aparecem. É bastante curioso.

Não posso é terminar sem dizer algumas palavras sobre aquela que deve ser a minha personagem favorita: o Tio Patinhas. Dono das suíças mais imponentes de sempre, e também de alguns trocos que já vi descritos como estando na ordem dos ziliões, quadriliões, impossibiliões e por aí adiante, este pato mal-humorado e com um relutante coração tão dourado quanto as suas moedas, é pura e simplesmente genial.

Ao ler este livro apercebi-me foi que gosto mais de o ver quando está a lutar contra alguém ao seu nível, como o Patacôncio, ou quando arregaça as mangas e se lança ao trabalho de forma mais séria. É fantástico vê-lo em expedições, ou a debater-se com um dos seus colegas zilionário.

Ah, e já agora, odeio profundamente o Gastão. O facto dele levar sempre a melhor sobre o Donald só me chateia um bocadinho, mas a personagem em si, aquela sorte toda, aquela arrogância que não lhe dá trabalho nenhum a manter... Irrita-me profundamente!

Mas as histórias em que aparece são interessantes na mesma. Este é, em suma, um bom livro, e mal posso esperar que o segundo volume me venha parar às mãos.