O primeiro livro escrito por Stephen King, Carrie conta a história de uma rapariga de 16 anos, orfã de pai, e com uma mãe que é uma fanática religiosa. Com a educação dada pela mãe, torna-se, obviamente, uma inadaptada social. Carrie é aquela rapariga que todos gozam, com quem ninguém conversa, e que a única coisa que quer é passar despercebida, para ninguém gozar com ela. Mas há um senão. Carrie é telecinética. Ela move objectos com o poder da mente.
O inicío do livro é uma situação... traumática, forte e chocante, e que desencadeia um dos primeiros episódios de telecinesia por parte de Carrie. Depois acompanhamos uns diazitos na vida de Carrie, em casa, com os fanatismos religiosos da mãe (que são estranhos, muito estranhos). Enquanto isso, o autor cruza várias coisas ao longo do livro. A história de Carrie, notícias de jornais referentes a algo que aconteceu na cidade onde ela vivia, relatórios disto e daquilo, excertos de livros sobre aquilo que aconteceu, a história de Sue Snell e Chris Hangersen, e os pensamentos das personagens.
No final, Carrie vai ao baile, onde lhe pregam uma partida das lixadas, e ela... como é que eu hei de dizer isto... passa-se dos carretos. E a cidade é que paga.
Mas bem, a escrita é fenomenal, por vezes algo confusa, e a história pode ser um bocado complicada de se seguir, com tanta coisa ao mesmo tempo, mas passadas algumas páginas habituamo-nos e corre tudo bem. Um pormenor que eu acho espectacular, são os parênteses com os pensamentos das personagens. A maneira como estão escritos esses pensamentos, é exactamente como os pensamentos das pessoas são. Confusos, às vezes sem fazerem muito sentido, excepto para a pessoa que os tem.
E a maneira como o autor descreve as emoções e os sentimentos, e descreve as situações, põe-nos mesmo dentro do livro. As personagens têm uma grande profundidade emocional, e a maneira como os acontecimentos se desenrolam, deixa-nos completamente em suspense! Muito bom, muito bom mesmo.