terça-feira, 5 de junho de 2012

Poltergeist

Título: Poltergeist
Autor: James Kahn
Tradutor: Teresa Curvelo e M. Formigo

Sinopse: De uma dimensão para além dos vivos, um terror que aniquila - POLTERGEIST! Do ecrã sem vida da televisão vem o horror que nos arrebata... POLTERGEIST! - é a destruição inocente apossando-se de uma criança inocente. Uma história e um filme de Steven Spielberg, o realizador de O TUBARÃO, ENCONTROS IMEDIATOS DE 3º GRAU e OS SALTEADORES DA ARCA PERDIDA.

Opinião: Normalmente não dou muito crédito a livros que venham depois dos filmes. Ou são simplesmente fraquinhos, ou além de serem fraquinhos ainda são uma tentativa vergonhosa de fazer ainda mais dinheiro com o sucesso de determinado filme.

O mais provável é que esta obra seja exactamente isso, uma tentativa de fazer dinheiro, pura e simplesmente. Mas tenho que lhe reconhecer alguma qualidade. Apesar dos erros ortográficos da tradução, consegue-se perceber que James Kahn teve sucesso ao passar um dos filmes emblemáticos de Spielberg para o papel.

A história deixa o leitor preso desde os primeiros instantes, com acontecimentos estranhos. E mantém o interesse bem desperto, embora tenha alguns pormenores que foram claramente pensados de forma a dar jeito, para andar com a história. E embora não tenha visto o filme (falha que espero colmatar em breve), li por aí que o livro está bastante fiel, ainda que tenha algumas coisas a mais. E nessa parte acredito, nota-se um certo tom cinematográfico nas descrições extremamente visuais e na narrativa de desenvolvimento rápido.

O mais fraquinho devem ser mesmo as personagens. Não achei que nenhuma se destacasse particularmente. Carol Anne, a criança inocente da sinopse e que aparentemente é a grande figura dos filmes, mal aparece. O resto da família oscila entre o histerismo e a mais absurda calma, sem grandes justificações. Tangina, a médium que ajuda a família é uma personagem simplesmente estranha, o que significa que ainda conseguiu ser a minha favorita. Mas mesmo assim... E depois há a parte científica, a Drª Lesh e os seus dois assistentes, demasiado mosquinhas mortas e pouco científicos para o meu gosto.

Mas no geral é um bom livro, que é salvo pela sua história e pela escrita de Kahn, apropriada ao tipo de livro. Há momentos descritivos verdadeiramente geniais, que não posso revelar, para não estragar a história. Aquilo que posso dizer é que mesmo sendo baseado num filme, é um livro que vale a pena ser lido.

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