Título: O Xadrez do Tempo
Autor: James Blish
Tradutor: António Porto
Sinopse: James Blish é um dos autores de Ficção Científica mais originais e subtis, tanto nos temas como no estilo, e prova-o bem nesta sua obra. Imagine-se que, na busca de um meio capaz de assegurar instantaneamente, ou quase, as ligações com os outros mundos - que mesmo com as naves mais rápidas demoravam largos meses a chegar ao seu destino -, se descobria um transmissor que permitia comunicar não só através do espaço, mas também do tempo! Tendo diante de si um império interestelar em plena expansão, o Capitão Robin Weinbaum supôs que o transmissor Dirac seria a solução dos seus problemas. O pior foi quando o transmissor começou a receber mensagens ainda antes de elas serem emitidas.
Opinião: Este livro é bastante curioso. Para ser sincero, não sei bem o que dizer sobre ele. Isto volta e meia acontece-me, leio um livro e não sei bem o que escrever na opinião.
Sei dizer que não é um livro mau, de todo. Mas sei também que não posso afirmar que é um livro absolutamente fenomenal. E isso talvez esteja relacionado com o facto desta história ter começado como um conto, que foi depois expandido nesta novela (sim, é bastante pequeno, o livro). Essas coisas raramente correm bem.
Mas bem, o livro é interessante, e pelo que percebi tem vários conceitos que James Blish usa como universais ao longo de alguns dos seus livros: o cientista Haertel e as suas invenções, e o transmissor Dirac, por exemplo. É exactamente este último que toma um papel principal no enredo de O Xadrez do Tempo.
A ideia do transmissor Dirac é bastante simples, não passa de um transmissor de mensagens instantâneas. Muita gente agora pensa "mas isso é fácil, internet e não sei quê", mas desenganem-se. Não há nenhum tipo de transmissão de informação que se possa considerar instantânea. Há apenas alguns que são tão rápidos, para os nossos padrões, que nos parecem instantâneas. Mas esses conceitos, como quase tudo, diluem-se e desvanecem-se quando estamos a falar do espaço. É que nada pode viajar mais depressa que a luz, e o Universo é bastante grande. Se algo está tão longe que a própria luz demora alguns anos a lá chegar, acho que é compreensível que a transmissão de informação para esse sítio é tudo menos instantânea.
Pois bem, o transmissor Dirac é um aparelho que faz uso de uma coisa qualquer bastante rebuscada e impossível (acho eu, física teórica a esse nível não é o meu forte) para transmitir mensagens de forma literalmente instantânea. A magia... Talvez seja melhor não falar de magia num livro de FC. A parte interessante é quando este transmissor Dirac começa a ser usado para fazer premonições. Não só dá para transmitir mensagens de forma instantânea, como recebe mensagens do futuro.
A parte curiosa é quando acaba por não acontecer absolutamente nada. Isto é descoberto, descobre-se também quem está por trás, uma pessoa que eu não estava nada à espera, depois há muito paleio e tudo acaba. Acho que podia ter sido um livro muito mais interessante se tivesse sido mais desenvolvido, se tivesse sido de facto um livro e não um conto maior que o normal.
De qualquer forma, a qualidade do autor, James Blish, é notória. Não que a escrita seja divinal, é até bastante mundana, mas pareceu-me consistente. Além de que o autor mostra uma boa imaginação, que além disso ainda é estranha. Fiquei bastante curioso para ler outras coisas, mas espero que este não seja o expoente máximo da sua qualidade literária...
Sei dizer que não é um livro mau, de todo. Mas sei também que não posso afirmar que é um livro absolutamente fenomenal. E isso talvez esteja relacionado com o facto desta história ter começado como um conto, que foi depois expandido nesta novela (sim, é bastante pequeno, o livro). Essas coisas raramente correm bem.
Mas bem, o livro é interessante, e pelo que percebi tem vários conceitos que James Blish usa como universais ao longo de alguns dos seus livros: o cientista Haertel e as suas invenções, e o transmissor Dirac, por exemplo. É exactamente este último que toma um papel principal no enredo de O Xadrez do Tempo.
A ideia do transmissor Dirac é bastante simples, não passa de um transmissor de mensagens instantâneas. Muita gente agora pensa "mas isso é fácil, internet e não sei quê", mas desenganem-se. Não há nenhum tipo de transmissão de informação que se possa considerar instantânea. Há apenas alguns que são tão rápidos, para os nossos padrões, que nos parecem instantâneas. Mas esses conceitos, como quase tudo, diluem-se e desvanecem-se quando estamos a falar do espaço. É que nada pode viajar mais depressa que a luz, e o Universo é bastante grande. Se algo está tão longe que a própria luz demora alguns anos a lá chegar, acho que é compreensível que a transmissão de informação para esse sítio é tudo menos instantânea.
Pois bem, o transmissor Dirac é um aparelho que faz uso de uma coisa qualquer bastante rebuscada e impossível (acho eu, física teórica a esse nível não é o meu forte) para transmitir mensagens de forma literalmente instantânea. A magia... Talvez seja melhor não falar de magia num livro de FC. A parte interessante é quando este transmissor Dirac começa a ser usado para fazer premonições. Não só dá para transmitir mensagens de forma instantânea, como recebe mensagens do futuro.
A parte curiosa é quando acaba por não acontecer absolutamente nada. Isto é descoberto, descobre-se também quem está por trás, uma pessoa que eu não estava nada à espera, depois há muito paleio e tudo acaba. Acho que podia ter sido um livro muito mais interessante se tivesse sido mais desenvolvido, se tivesse sido de facto um livro e não um conto maior que o normal.
De qualquer forma, a qualidade do autor, James Blish, é notória. Não que a escrita seja divinal, é até bastante mundana, mas pareceu-me consistente. Além de que o autor mostra uma boa imaginação, que além disso ainda é estranha. Fiquei bastante curioso para ler outras coisas, mas espero que este não seja o expoente máximo da sua qualidade literária...