sábado, 12 de janeiro de 2013

Leituras mais filosóficas

Expressei no início do ano a minha estranha e aparentemente súbita vontade de começar a ler livros filosóficos com mais regularidade, mas talvez o palavreado não tenha sido o melhor. O meu objectivo não é agora de repente começar a instruir-me nos meandros obscuros da filosofia, longe de mim. Aquilo que quero é basicamente arranjar uma desculpa para ler alguns livros que tenho por aqui e outros pelos quais tenho bastante curiosidade.

Isso e aproveitar para aprender umas coisas, como é óbvio. Diga-se o que se disser, esses livros filosóficos ou ensaísticos podem ser bastante instrutivos e interessantes, nem que seja pelo estímulo puro ao raciocínio e à mente que providenciam. Alguns dos livros que costumo ler também são capazes de fazer isso mesmo, mas quero experimentar ler alguns cujo único objectivo seja esse mesmo.

E continuo a não apreciar livros que sejam uma destas coisas disfarçados da outra. O Gonçalo M. Tavares que me desculpe, assim como os seus fãs, reconheço-lhe o talento mas ainda tem que me convencer.

Mas bem, a ver vamos. Vou começar por um pequeno, que estou em época de exames e não me quero pôr a ler A República, do Platão, assim do nada. O Areopagítica de John Milton é o ideal para começar, pelo seu tamanho diminuto e pelo seu tema não muito profundo nem excessivamente complexo e metafísico: a liberdade de expressão.

A curiosidade é muita, e a acompanhar a leitura vou ter que fazer alguma pesquisa de certeza, pois o defeito que mais vezes afecta este tipo de livros é exactamente a sua especificidade e necessidade de um contexto, e ainda que os grandes livros deste género sejam verdadeiramente intemporais, é sempre preciso algum conhecimento histórico do que se estava a passar na altura em que o livro foi escrito, e afins.

Possivelmente será a minha próxima leitura, mas não prometo nada. Também tenho ali um recém-adquirido livro de BD do Star Wars, 200 páginas dos primeiros comics alguma vez publicados sobre esse Universo... Mas prometi a mim mesmo que ia ler o Areopagítica ainda este mês, portanto vamos ver. Para os próximos meses, tenho por ali o manifesto comunista de Marx e Engels, um livro do Nietszche, A República de Platão, um livro do António Damásio (que agora já vou perceber melhor do que quando o li), e isto só assim de cabeça, que devo ter mais por aí.

Se tiverem sugestões, serão bem-vindas!

4 comentários:

Ana/Jorge/Rafa disse...

Kafka?

Jorge

Rui Bastos disse...

Isso é exactamente o tipo de coisa que eu não sou fã...

Sara disse...

Por exemplo Milan Kundera...Kafka também é muito bom. E depois há os clássicos: Maquiavel; voltaire; Kant...Depende da área da filosofia.

cumps

Rui Bastos disse...

Maquiavel, Voltaire, Kant, vou por aí :)