Apenas um dos mais de 30 livros de David Gemmel, um dos mais brilhantes escritores de high-fantasy. Pena que em Portugal só tenham traduzido este, e a sequela 'As Espadas da Noite e do Dia'. Os livros anteriores deviam ser extremamente interessantes de se ler. Mas bem, passemos a este livro, e deixemos o deficiente funcionamento do mercado de livros em Portugal.
'O Lobo Branco' conta a história de Skilgannon o Maldito, general implacável sob as ordens de Jianna, a Rainha Bruxa. Durante o tempo em que foi general, comandou ataques que chacinaram milhares de pessoas, e ele próprio matou centenas de pessoas, com as suas espadas, as Espadas da Noite e do Dia, mas depois, arrependido, desapareceu, e enveredou pela carreira de padre, como Irmão Lantern. Mas uma guerra desponta, e Skilgannon é forçado a pegar uma vez mais nas Espadas e a defender o convento dos camponeses enraivecidos, que acusavam o convento de esconderem um assassino, que não passa de Rabalyn, uma criança.
E assim fica a mensagem, Skilgannon está de volta. Com a cabeça a prémio pela Rainha Bruxa, Skilgannon viaja até Mellicane com Braygan, um padre do convento, e Rabalyn, a criança escondida no convento. No caminho para Mellicane, conhecem Druss, a Lenda, o herói dos Drenai, que os defendeu na Grande Batalha de Skeln. Como iam para o mesmo sitio, Druss junta-se ao pequeno grupo. Como eles vai também um grupo de refugiados, que os dois salvaram de um ataque de Ambígenos, criaturas meio animais meio homens. Desse grupo destacam-se Jared e o seu irmão Nian, que tem um tumor na cabeça, que o torna numa espécie de autista leve.
Uma vez na cidade, Garianne e também Diagoras, amigos de Druss juntam-se a eles. Juntos procuram o Templo dos Ressurrecionistas, encontrando o templo onde vive Ustarte, mas que não é o dos Ressurrecionistas. Ustarte é incapaz de os ajudar, e o grupo parte em perseguição de Máscara de Ferro para salvarem a filha de um amigo de Druss, Orastes, que foi raptada. Na batalha os gémeos morrem, bem como o Máscara de Ferro, morto por Skilgannon.
Claro que depois tem um final já a dar pistas para o segundo livro, mas eu não vou falar dele, que além de ainda ter coisas para dizer, e o post já estar demasiado grande, não tinha piada contar a história toda. Tenho que dizer, que embora não sendo o meu livro favorito, (nada ultrapassa As Crónicas de Allariya, santa paciência) entra de certeza nos melhores que já li. Uma escrita com descrições pouco detalhadas, mas mesmo assim dão-nos uma excelente ideia de tudo, um bom enredo, e porrada atrás de porrada. Mas o melhor deste livro são mesmo as personagens. Absolutamente geniais, tenho que dizer. Skilgannon, o Maldito, culpado de milhares de mortes, mas mesmo assim acaba por ser um herói, bondoso e benevolente. Druss, a Lenda, o típico veterano de guerra, honesto e leal, com 50 e tal anos, mas mesmo assim capaz de dar um enxerto em toda a gente. Garianne, a estranha rapariga que ouve vozes, com um passado obscuro. Diagoras, um guerreiro táctico, com medo de Skilgannon, mas que acaba por se tornar seu amigo. Os gémeos são excelente demais para serem descritos, enfim, todas as personagens, são brilhantes.
Por outras palavras, um livro simplesmente espectacular.
2 comentários:
Como já disse no comentário à sequela, este livro não me fascinava minimamente...
Até que leio opiniões tipo "obra-prima", "marcante"!!! =O
E as personagens são brutais. Destaco Skilgannon, Druss, Garianne e os gémeos!
Enviar um comentário