Todos os bons leitores se regozijam ao entrar numa livraria.
Antes de entrar deparamos com o vislumbre da montra: «Todos os dias se lançam livros novos» pensamos. E sentimos uma pontada de excitação para os ficarmos a conhecer um pouquinho melhor. Entramos, e a primeira coisa que nos faz tremer os sentidos é o olfacto. Oh sim. Aquele cheiro familiar a papel que em qualquer parte associamos a uma livraria. Olhamos à nossa volta, e quer estejam muitas ou poucas pessoas presentes, ficamos sempre sozinhos com os milhares de mundos por descobrir à nossa volta. Salta-nos ao olhar um autor já nosso conhecido; um título interessante; uma capa convidativa.
Peço a quem esteja a ler este post que feche os olhos por um momento, e reviva esta sensação de transe, em que o quase que para tempo para.
Finalmente elegemos um entre muitos, que durante algum tempo nos fará companhia e mostrará algo que não vimos ainda. Saímos, e quando nos deparamos com o quotidiano cá fora e olhamos para o relógio, podem ter passado cinco horas ou cinco minutos, mas parecer-nos-ia igual.
3 comentários:
Esta crónica é reconfortante, porque faz com que não me sinta sozinho, nesta aventura que é entrar numa livraria. Cada vez mais, tento prolongar o momento. Detenho-me à entrada. Entro devagar. Vou vendo os livros pelos quais vou passando... adiando a hora em que tenho de sair... adiando, adiando, adiando... porque em todas as estantes estão centenas de mundos pelos quais me posso escapar: são mais interessantes que a porta da saída.
Foi esse o espírito que inspirou este post Tiago :D
Ai, livrarias, livrarias... A minha perdição :p E o pior é que depois de me decidir qual é o livro que vou levar, tenho que ver o resto a correr, ou não ver de todo, se não tenho ganas de levar tudo!
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