quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Géneros Literários (5) - Subgéneros Líricos


Uma vez que este não é o meu género favorito, e aproveitando o facto de neste blog se lerem poucos livros de poesia, em comparação com as narrativas, não vou aprofundar muito esta parte.

Aquilo que eu sei sobre os subgéneros líricos não é muito... Mas já reparei que as classificações se fazem preferencialmente pela forma. Exemplo bastante famoso é o soneto, que se caracteriza por ter uma forma fixa, com 14 versos, e embora esteja subdividido em 3 tipos, aquele que nós, portugueses, melhor conhecemos, é aquele usado por Camões, o italiano ou petrarquiano. Este subgénero de um subgénero tem sempre 2 quadras e 2 tercetos.

Outro tipo de poesia usado por Camões, foi o vilancete, constituído pelo mote, de 2 ou 3 versos, que dava início e, se bem me lembro, o tema. Este mote era então seguido pelas voltas ou glosas (uma, ou mais), cada uma com 7 versos.

Há ainda um tipo de poesia que se tornou bastante popular, e que veio do Oriente. Falo do haiku, que no Japão é normalmente escrito numa única linha vertical, mas que em português se escreve em 3 linhas, a primeira e a última com 5 sílabas métricas, e a do meio com 7.

E claro, tenho que falar dos poemas épicos, embora esteja na dúvida se pertencem ao género lírico ou a narrativo, ou se há exemplos para cada um dos géneros. Bem, não sei, mas como exemplos de epopeias famosas temos as de Homero, a Odisseia e a Ilíada, a Eneida, de Virgílio, a do nosso Camões, Os Lusíadas, a Divina Comédia, de Dante Alighieri, e Beowulf, de autor anónimo, mas que todos devem reconhecer, graças ao filme feito há relativamente pouco tempo, entre outras.

De certeza que há mais (muitos mais), mas estes são os que me lembro melhor, assim de repente. Nota-se claramente que as divisões na poesia assentam fortemente, e quase exclusivamente, na forma, em vez do conteúdo. Isto talvez se explique pelo facto de a poesia se focar muito nos sentimentos, que são difíceis de individualizar e analisar separadamente. Assim sendo, lá nasceram estas classificações estruturais, muito mais práticas para este género.

2 comentários:

Vicente Vivaldo Fino disse...

Faltou falar nas epopeias do Cid "Poema del Mio Cid" e na "Chanson du Roland", um poema épico françês. O "Poema del Mio Cid" é o grande "hino" ao feitos do povo espanhol e é um texto que quebra um pouco as características épicas dos outros poemas.

Rui Bastos disse...

Não conheço nenhuma dessas :x Daí não as ter mencionado... Mas vou pesquisar ^^