domingo, 6 de março de 2011

Fausto: Desconexo


Pode-se dizer que este livro escolheu uma má altura para ser lido, tantas são as coisas que tenho para fazer, entre trabalhos e estudar para testes. Não tenho tido muito tempo para ler e nem sequer me apetece ler à noite (pecado!), o que tem feito arrastar-se a leitura por mais tempo do que seria normal, se eu tivesse com tempo e disposição.

Como tal, talvez seja fruto desse problema que não estou a achar tanta piada à segunda parte deste livro. A primeira, como referi no outro post, é absolutamente grandiosa, mas esta... Enfim, parece-me que se perde um bocado em divagações sem sentidos, praticamente desligadas umas das outras, sem terem propriamente um fio condutor que me permita seguir a história e deixar-me agarrado.

Não me interpretem mal, continua com o seu quê de grandioso, com os devidos parabéns ao excelente trabalho do tradutor, Agostinho d'Ornellas, mas pronto as situações como que bailam à frente dos meus olhos, com personagens novas constantemente a entrar e a sair. Acredito que sejam o pano de fundo das mais variadas e brilhantes alegorias, e talvez seja eu que não esteja a conseguir captar tudo, em virtude da situação, mas o que é que eu posso fazer, os livros acabam por ser vítimas da altura em que são lidos.

Com isto dito, estou a gostar, embora talvez não tanto como gostei da primeira parte do livro, as primeiras 220 páginas, mais coisa menos coisa. Já quase que me arrasto por algumas passagens, que me soam demasiado elaboradas e demasiado artificiais, e já praticamente não retenho nenhuma imagem na memória, da forma como reti o monólogo de um Fausto ambicioso e desiludido com tudo o que sabe.

Como nota positiva, a mitologia, que aparece em força nesta parte, embora por vezes seja usada de forma exagerada e extenuante, acabando por me cansar de tanto ser mitológico a ser usado para dizer 2 ou 3 falas e depois desaparecer de vista.

Mas bem, já só me faltam umas cento e pouco páginas, pode ser que lhe recupere o gosto entretanto.

3 comentários:

Alice Matou-se disse...

Descansa Rui, ninguém te vai presseguir!

Rui Bastos disse...

Je sai, je sai :p Essa crítica do Frankenstein é que deve estar para sair, non? (aa)

Ah, e BRAVE NEW WORLD? GOGO!

Alice Matou-se disse...

Já saiu, vai ler que ainda está quentinha!
Brave New World FTW!