sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Máscaras de Matar

Título: Máscaras de Matar
Autor: León Arsenal
Tradutor: Luís Filipe Sarmento

Sinopse: Máscaras de Matar é uma história de aventura e fantasia, ou tão-somente de "espadas y brujería", como o próprio autor a classifica e decorre num mundo imaginário, entre as terras de Os Seis Dedos. Ali coabitam diversos povos, culturas e tradições formando uma sociedade que é, ao mesmo tempo, fascinante e cruel, na qual as máscaras desempenham um papel crucial pois "permitem a um mesmo indivíduo assumir papéis diferentes e, em certos casos (…) isso liberta-o de certas obrigações". Os habitantes de Os Seis Dedos são ávidos amantes das suas tradições e nada lhes dá mais satisfação que desfrutar dos prazeres do vinho, do tabaco e da comida, enquanto conversam com os seus camaradas. Porém, este é um mundo de fronteiras e contrastes; um lugar instável onde a qualquer momento e à mínima ofensa, os ânimos se exaltam e o sangue é derramado. É por isso, uma região fortemente hostilizada por batalhas violentas e sanguinárias. E é neste contexto dantesco que os três protagonistas, Corocota, Palo Vento e Cosal, iniciam uma longa e perigosa demanda em busca da bruxa Tuga Tursa, que fora responsável pelo incêndio do santuário de Arbar e pelo assassinato dos seus habitantes. Por sua vez, cresce um sentimento de insegurança e medo pois surgem rumores de que um enorme exército se desloca para os territórios que constituem Os Seis Dedos, sob o comando de Cufa Sabut, uma máscara perversa há muito esquecida e que reaparece para espalhar o caos e o horror num mundo já por si violento. Máscaras de Matar é sobretudo uma história de fronteiras; de terras de ninguém e de todos, onde a morte é uma presença constante, mas é também e seguramente uma história sobre amizade; não aquela que se rege por meras relações cordiais, mas a que se apoia em relações de cumplicidade e de entreajuda.

Opinião: *Entra a música dos Xutos* As saudades que eu já tinha da minha... despreocupadamente violenta high fantasy.

É verdade, já lá vão uns largos meses desde a última vez que li um livro inserido neste género, que por acaso até é dos meus favoritos. Saudades...

Este livro, apesar de ter todos os traços característicos da high fantasy, como o ambiente medieval, os bons e os maus, uma míriade de raças diferentes (embora sejam todas relativamente humanas), demandas e muita porra, tem um ambiente bastante particular, que nem sei explicar muito bem.

Talvez seja por ser de um autor espanhol, que até classifica a sua própria obra como sendo de "espada y brujería", mas o que é certo é que o livro tem uma aura bastante diferente daquilo que conheço e estou habituado.

Toda a história tem um tom mais solto, mais leve, não sei se me faço entender... A dita "normal" (pelos meus padrões) reveste-se de uma pesada armadura de metal, dos dedos dos pés até à ponta dos cabelos, enquanto que esta usa uma singela e flexível armadura de couro. Só lendo, que estas minhas comparações tendem para a estupidez sensacionista, de forma alguma apta a descrever o tipo de história que aqui encontrei, para além de me fazer correr o risco de ser recrutado para jornalista da TVI.

Só posso dizer que gostei, apesar de, em certos e determinados momentos, ter a sensação de que estava a ler um livro tirado ao acaso do meio de uma saga. Ficou tanto por contar, relativamente aos caçadores de cabeças, às máscaras que as pessoas de Os Seis Dedos usam para as diferentes ocasiões, máscaras essas que chegam a ter uma personalidade própria, enfim, eu de bom grado leria mais 2 ou 3 livros passados neste Mundo.

É que ainda por cima a sociedade desta região é uma coisa completamente abismal com milhentas raças, incluindo as derivadas de outras raças, as mestiças, as variantes e as sub-raças, é uma coisa que nem vos passa pela cabeça, uma autêntica e intrincada manta de retalhos que incita à leitura.

3 comentários:

SEVE disse...

Mas Ó Rui só nos apresentas desta "literatura" de palmo e meio???

Rui Bastos disse...

Não sei bem qual é a tua definição de literatura de palmo e meio, nem o porquê de usares aspas. Se por acaso estiveres a insinuar que high fantasy não é literatura, gostava que explicasses o porquê de o achares.

365 Pedras ou Stones disse...

Olá!
Só para dizer q referi o teu blog aqui:
http://365pedras.blogspot.pt/2012/06/livros-e-lua.html

E gostei!