Autor: Hernán Rivera Letelier
Tradutora: Regina Louro
Opinião: Não conhecia o autor. Nunca tinha ouvido falar do livro. Era pequeno, era extremamente barato, e fazia parte de uma promoção. Veio por arrasto. Ficou enfiado nas minhas prateleiras a ler durante bastante tempo, nunca lhe prestei particular atenção, e se me perguntassem "tens o livro A Contadora de Filmes?", até era capaz de dizer que não.
Um livro com todo o potencial para me passar completamente despercebido, portanto. E o que sucedeu depois? Precisava de algo pequenito entre leituras, um livro do qual nem exigia muito: apenas um aglomerado de páginas para satisfazer a minha obsessão com a palavra escrita.
Foi então que decidi pegar neste livro. E como acontece com muitas das leituras para as quais parto com baixas expectativas... Gostei bastante!
A história é simples, bonita, bem escrita e bem contada... É impressionante. Especialmente o contraste que existe entre as duas metades do (já de si) pequeno livro. Começa tudo muito bem, muito tranquilo, muito singelo, e depois começam-se a vislumbrar as pequenas nuances negras da miséria, habilmente disfarçadas pela simples alegria de quem está satisfeito com o que tem.
A segunda metade do livro é uma ligeira espiral de descida ao pior que existe no ser humano e na Humaidade de uma forma geral. Dito assim parece pior do que é na realidade. O livro é pequeno e realmente não aprofunda assim tanto estas questões, mas o autor não deixa de o fazer, e de uma forma tão inteligente que o livro até parece maior.
No fim fica uma história que vale a pena ler, sobre uma pequena rapariga que gosta de contar histórias.
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