sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A Vingança do Assassino

O quarto livro desta autora, correspondente à primeira metade do terceiro volume em inglês, consegue, mais uma vez, deixar-me completamente arrebatado. Bem, desta vez, confesso, talvez não completamente.

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E fiquei ligeiramente desapontado por algo muito simples. FitzCavalaria, regressado dos mortos, depois de um período em que é mais animal do que humano, torna-se demasiado impetuoso e até, em certa medida irritante. Vagueia pelos Seis Ducados, com um objectivo muito bem definido em mente, mas sem ter a mínima ideia de como o vai cumprir. Essa sensação de que ele andou por ali "à deriva" não me agradou por aí além...
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Ora bem, agora falar-vos do livro sem vos revelar muito do enredo é que vai ser extremamente complicado. É que esta saga, sendo, lá está, uma saga, se me ponho aqui a falar do quarto livro, é inevitável que vá mencionar coisas que aconteceram nos livros anteriores, ou, ainda pior, que revele coisas que vocês, os leitores, estejam ansiosos por descobrir. Se as revelar agora, vão ficar (pelo menos alguns de vocês) sem muita pica para pegar no livro.

Mas bem, o essencial é que senti a falta de algumas personagens. Kettricken, o Bobo, Veracidade, Castro e Breu, embora estes dois últimos tenham algum (pouco) tempo de antena. A escrita continua ao nível da dos outros livros, fluida, simples, hábil a transmitir emoções (estar na primeira pessoa também ajuda, claro), e viciante. Muito viciante.

Se bem que este tem o mesmo problema do segundo livro, "O Punhal do Soberano", correspondente à primeira metade do segundo volume em inglês. É que sendo apenas a primeira metade, enquanto livro sozinho, sabe a pouco. Fica a meio. Não há um clímax. Há um quase clímax, na parte final, em que se sente mesmo que vai acontecer qualquer coisa, de certeza, e depois, nada. Fica para o livro a seguir. Ora, isto, num livro, é horrível.

Mas pronto, são opções editoriais. Como comecei a ler, quase de imediato, o livro a seguir, não sofri muito com esta divisão. Excepto, é claro, na carteira, já que tive que comprar 2 livros para ler aquilo que é, ao fim e ao cabo, 1 único livro.

Resumindo, apesar de alguns pequenos defeitos, aconselho!

2 comentários:

Nuno Chaves disse...

após um final super emocionante como aconteceu em a corte dos traidores, o 4º livro acaba por se tornar numa desilusão é precisamente como referiste ele no todo é um só, mas o pessoal parece que já está habituado a estes golpes editoriais, em que as editoras neste caso (SAIDA DE EMERGÊNCIA) enche os bolsos á conta do leitor.... mas enfim.
mesmo assim vale a pena seguir até ao fim esta saga do assassino, mas se ficaste um tanto ou quanto desiludido com este 4º livro, prepara-te para teres (ou não) outra delisusão, mas desta vez com respeito ao final que a autora preparou para o nosso heroi. (talvez tenha sido o possivél).
um abraço.

Rui Bastos disse...

Ai tu não me digas isso :x