Pela milésima vez, lá voltei a repousar a mente num livro da rainha do suspense, desta vez um livro de contos, todos eles com Poirot como personagem principal, como não podia deixar de ser.
Também presente, temos Hastings, o narrador e o fiel companheiro de Poirot, que começo a reparar ser um Watson (companheiro do Sherlock Holmes) mas muito mais revoltado e muito menos sagaz. Talvez, em parte, por causa do gozo tremendo que o pequeno detective belga tem quando faz pouco dele.
Voltei a ter a sensação, nalguns dos contos, que Poirot sabe tudo desde o início, e vai revelando as informações aos poucos. Os seus métodos são absolutamente geniais, o que muitas vezes irrita o pobre Hastings, que quando pensa que o seu amigo vai falhar, revelando que não é assim tão inteligente, vê Poirot a dar a volta a situação das maneiras mais inimagináveis possíveis, provando que é assim tão inteligente.
A escrita sempre fluida de Agatha Christie permite que a leitura seja rápida, sem grandes demoras, ao mesmo tempo que se apanham todos os pormenores. A inteligência desta escritora devia ser qualquer de espectacular. Conseguir escrever histórias que muitas vezes têm enredos com montes de reviravoltas, que precisam de ser planeadas ao pormenor mesmo antes de se começar a escrever, com esta clareza e este ar natural e fluido... É obra.
2 comentários:
Concordo plenamente com a tua opinião.
Até hoje não encontrei nenhum escritor que se assemelhasse a Agatha Christie :)
Obrigado ^^
Há muitos que tentam, e alguns (poucos) que quase conseguem, mas ninguém o faz como ela =D
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