sábado, 20 de agosto de 2011

Harry Potter e a Pedra Filosofal

Título: Harry Potter e a Pedra Filosofal
Autor: J.K.Rowling
Tradutor: Isabel Fraga

Sinopse: Quando naquela cinzenta manhã de terça-feira o senhor Dursley deparou, ao sair de casa, com uma gata malhada que estudava atentamente um mapa, mal poderia imaginar todos os acontecimentos estranhos e misteriosos que se estavam a preparar. Mas, quando dez anos mais tarde, enigmáticas cartas endereçadas a Harry Potter, o sobrinho desprezado dos Dursleys, começam a chegar em catadupa lá a casa, é como se um raio atravessasse as suas mentes - o segredo que tão bem tinham guardado durante tanto tempo está prestes a ser revelado. O que poderá acontecer se Harry Potter descobrir que é um feiticeiro? Esta é uma história mágica, recheada de fantasia e encantamento, de aventuras misteriosas e de perigos arrepiantes, de criaturas sobrenaturais e de surpresas divertidas, que está a enfeitiçar crianças... e também a gente mais adulta, um pouco por todo o mundo.

---------- Esta opinião contém, muito provavelmente, alguns spoilers ----------

Opinião: Enquanto lia este livro senti precisamente a mesma coisa que costumo sentir quando apanho desenhos animados da minha infância a dar na televisão. Por um lado há aquela excitação de "ah!, eu conheço isto!" ou "lembro-me tão bem, agora vai acontecer isto assim assim"; por outro há aquele sentimento de surpresa do estilo "já não me lembrava que isto acontecia!"; e por outro há um certo prazer sorrateiro em já saber a história toda.

Tenho quase a certeza que a maior parte de vocês me percebe... É uma mistura esquisita e bastante curiosa de emoções e sentimentos que ainda por cima é acentuada por ser uma saga que (no meu caso), me acompanhou através grande parte da minha infância e da minha adolescência. Aliás, se bem me lembro, este primeiro foi lido quanto eu tinha um bocadinho menos que a idade de Harry, acho que estava no terceiro ano ou quarto ano, ou seja, tinha os meus 8 ou 9 anos...

O que significa que o livro me caiu maravilhosamente bem, na altura. Se a memória não me falha, achei que era a melhor coisa de sempre e andei semanas e meses inteiros a imaginar-me a espancar um troll com a sua própria moca, sem me esquecer que é Wingardium leviosa, e não Wingardium leviossá. E os obstáculos que tiveram que enfrentar até chegarem à Pedra Filosofal? O que eu me deliciei com a forma como enfrentaram a Armadilha do Diabo. Aqui para nós que mais ninguém nos lê, se eu tivesse que enfrentar uma planta gigante, acho que a primeira coisa que pensava era 'FOGO, MONTES DELE', mas enfim, a solução que a Hermione arranjou foi igualmente eficaz. As chaves voadoras, o xadrez gigante, as poções (que vagamente anticlimático, não?), o troll inconsciente...

Mas é óbvio que desta vez não me caiu tão bem. Quer dizer, é claramente um livro para crianças, uma verdadeira fábula dos tempos modernos, com mensagens de amor e amizade, impregnada de um espírito de "juntos venceremos", já para não falar do humor infantil que direcciona claramente o livro para um público mais jovem.

No entanto, se há alguma vantagem em ler isto sem ser já uma criança, é que me permite confirmar uma coisa: não sou grande fã do Harry Potter, da personagem assim. É apenas um miúdo cheio de sorte. Hagrid diz-lhe como passar por Fluffy; Hermione faz que com passem pela Armadilha do Diabo e pela sala das Poções; é Ron que vence o xadrez gigante; o troll já estava KO; e só não morre no final porque o Quirrel aparentemente se esquece que é um feiticeiro e que sabe fazer magia, daquela que mata pessoas. A única coisa que o Harry faz é apanhar a chave voadora, que mesmo assim já tinha as asas amarrotadas.

Enfim, coitadinho do rapaz. Ainda tenho tanto para malhar nele, é melhor não gastar já os cartuchos todos. Foi divertido, e li-o num instante, mas a verdade é que queria era ler os mais interessantes, nomeadamente a partir do terceiro, especialmente os dois últimos. A ver vamos como corre o resto da temporada.

2 comentários:

Beky disse...

Esta é daquelas histórias que me deixam nostálgica só de pensar nelas. Tinha a mesma idade que o Harry quando comecei a ler os livros, e a mesma idade que ele quando acabei de os ler. Acordava mais cedo de manhã para ler antes de ir para as aulas e lia nos intervalos. Depois, com os meu colegas, chamávamos "quem nós sabemos" aos professores que gostavamos menos e desejavamos "avada kedrava" antes dos testes, em substituição do break a leg.
Reli o primeiro livro há pouco e senti a mesma sensaçao de "aah, afinal isto é mesmo para crianças!" que tu sentiste, mas não posso deixar de simpatizar com toda a história e o próprio Harry, que sim, não faz nada de especial, mas nos mostra que tb nao se consegue nada sozinho e que ao longo dos livros vai crescendo tanto e vai acabando por se tornar mais activo nos problemas que surgem - é que ele não tem só uma grande sorte, mas também grandes azares, não nos podemos esquecer disto.

M. à conversa disse...

Adorei este livro, esta história, o filme! Ou não fosse o inicio de uma grande paixão.
Cada vez que leio e revejo o filme é como se recordasse há muito muito tempo como foi o primeiro olhar sobre o aquele que viria a ser o feiticeiro mais admirado de todos os tempos: O Potter ;)