Aquilo que é fantástico em ter um e-reader, para além de tudo o que já mencionei aqui e aqui, é que é uma coisa a que nos habituamos com uma facilidade tremenda.
Para quem nunca tinha lido numa coisa destas, e não tinha como hábito ler no computador, a forma como me habituei a ter uma coisas destas foi fenomenal.
Ler em formato digital ou em formato físico é praticamente a mesma coisa. A atenção não é tão fácil de garantir, no primeiro caso, mas a saúde dos meus músculos e tendões é mais fácil de garantir do que no segundo.
E nem falo da quantidade absurda de contos que já li graças ao meu Kobo. E quem diz contos, diz outros livros!
Mas bem, não venho aqui apregoar como é fixe ler e-books. Venho aqui porque não quero que vos falte nada e, portanto, quero falar-vos um pouco das minhas fontes de literatura em formato digital.
Vou tentar ter esta informação, e outra que for aparecendo, naquela aba nova ali em cima.
Sem mais nada a acrescentar, fiquem com os vários sites, sem nenhuma ordem em particular.
O mais óbvio, como não podia deixar de ser, é o Project Gutenberg, um sítio absolutamente fantástico, com livros e contos e sei lá o quê que nunca mais acabam, de uma variedade de autores, épocas e géneros absolutamente estonteante! E tudo isto numa quantidade enorme de línguas. Quando comprei o e-reader, a primeira coisa que fiz foi vir aqui e passar revista, mas cada vez gosto menos dos e-books que tiro aqui.
Têm normalmente sérios problemas de desformatação, e ainda não percebi se é deles se é do meu aparelho, mas há uma qualquer catástrofe com os números de página. Mas enfim, é tudo grátis, não é verdade? Dá para ler, e no fundo é isso que interessa realmente.
Depois um sítio que talvez ainda seja mais óbvio do que o Gutenberg, mais que não que seja por, enfim, ser o oficial. Falo da Kobo e dos seus milhares de e-books, incluindo muitos grátis e muitos ao desbarato. É de lá que ando a ler a saga The Lost Tribe of the Sith, por exemplo.
Mas não se deixem enganar, lá pelo meio aparecem livros à venda praticamente ao mesmo preço que as edições em formato físico. É que não acontecer comprar uma coisa dessas, nunca. E embora talvez valha a pena comprar alguns dos mais baratos, será apenas se não se encontrarem bem online, e caso se encontrem, é porque muito provavelmente esta versão oficial tem uma formatação melhor.
É aí que este site ganha ao Gutenberg. A formatação é um sonho. Um sonho, compreendem? Funciona tudo bem, está tudo direitinho... Muito bom.
Outro sítio de que gosto bastante, embora sofra de ligeiros problemas de formatação, também, é o site da University of Adelaide. O Star Maker veio de lá. Tem muita coisa, embora não tanta como os que já mencionei, mas ganha em termos de organização e de oferta por autor. Basta abrirem uma página de um autor aleatório, e o mais provável, aqui, é encontrarem TODA a sua obra. Toda.
Mais um sítio porreiro é o feedbooks, cujos e-books têm um ar limpinho e organizado como se quer, com as capas direitinhas e tudo.
Um de que tenho que falar de certeza é o Projecto Adamastor, uma ideia fantástica, a de publicar clássicos portugueses, com uma execução praticamente sem falhas, até agora. E-books novos a uma regularidade aceitável, e uma qualidade fantástica, seja a nível das capas como do resto da edição. Às vezes sofrem é um bocadinho do problema que tenho com as coisas tiradas do Gutenberg. Há uma forte possibilidade de o meu e-reader ter um problema qualquer e decidir que se está a borrifar para os números de páginas e fazer como lhe apetece.
Este é um projecto que está sempre em busca de colaboradores, imagino que arranjar voluntários para ler e corrigir e o camandro, a mesma coisa durante vários dias não seja fácil. Mas eu por exemplo gostava de conseguir ajudar mais do que aquilo que já tenho feito e que se tem resumido a publicidade.
Há mais deste estilo, mas ainda não tive tempo para os explorar, portanto prefiro deixá-los sossegados. Se precisarem de alguma coisa, já sabem, o Google é uma ferramente poderosíssima. E se não tiverem muitos escrúpulos, tudo se arranja, algures...
Não queria era acabar sem antes mencionar outra coisa que volta e meia aparece. Iniciativas como a da NASA, que disponibilizou recentemente uma série de e-books sobre a sua história; ou iniciativas completamente aleatórias, vindas de sítios aleatórias, como a deste blog, que decidiu reunir no mesmo sítio todos os links para os livros da saga O Feiticeiro de Oz.
Ainda há mais coisas de que não me estou a lembrar, mas enfim, é o costume. Já sabem, visitem regularmente a aba dos E-books, que eu vou tentar actualizá-la de forma relativamente frequente, o que pelo menos não será assim tão difícil quanto isso, tendo em conta que todos os dias descubro qualquer coisa!
2 comentários:
Olá Rui. Os problemas a nível de paginação derivam muitas vezes do software utilizado. Para a maioria, uma página corresponde a um número fixo de caracteres e não ao texto que tu visualizas no ecrã, o que faz com que, muitas vezes, apesar de mudares de página no ecrã, tal passagem não se reflicta na numeração apresentada. Existem outras limitações técnicas de difícil resolução nos eBooks; ainda existe uma margem considerável para melhoria.
Apesar de não ter anunciado oficialmente (ainda estou a testar), os eBooks do Projecto Adamastor já estão disponíveis tanto na loja Kobo como no Scribd. Com tens um Kobo Glo presumo que possa ser do teu interesse:
http://store.kobobooks.com/pt-PT/Search?query=Projecto%20Adamastor%20-%20Cl%C3%A1ssicos&fcsearchfield=Imprint
Infelizmente, cada loja tem um processo de conversão que acaba por causar alguns erros inesperados, pelo que as versões disponibilizadas no website continuam a ser as recomendadas. Uma sugestão relativa às definições do Kobo se optares por sincronizar os eBooks através da loja: desactiva a justificação de texto (ou qualquer outra opção relativa a alinhamentos), porque as definições do eReader sobrepõem-se às do eBook (o que significa que, por exemplo, todo o texto centrado passa a ficar alinhado à direita...)
Obrigado pelo conselho :)
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