segunda-feira, 14 de abril de 2014

Os Vingadores #2


Argumento:  Jonathan Hickman
Arte: Jerome Opeña

Opinião: Se o primeiro número foi uma boa introdução ao Universo Marvel, nomeadamente ao canto dos Vingadores, este número desenvolve-se demasiado rapidamente, com demasiadas coisas ao barulho.

O suficientes para conseguirem perder um leitor novo, por exemplo. Acho que o argumento tenta, de certa forma, evitar isso mesmo, com cada comic a começar com uma pequena introdução (que nunca aborrece) à personagem em torno da qual a acção vai rodar.

Pode fazê-lo sob a forma de flashback, narrativa em paralelo ou usando o facto da própria personagem não se lembrar de grande coisa, mas esforça-se sempre para que as coisas não andem a cair do céu.

(esta última frase tem muito mais piada se já tiverem lido isto e souberem o que acontece quando se brinca com coisas que caem do céu)

No entanto acho que foi uma passagem demasiado brusca. É claro que o principal público-alvo destas coisas é o pessoal que tem acompanhado e que conhece isto como deve ser, mas para quem estiver a começar agora a acompanhar a história, aproveitando o reset, pode ser mais complicado.

Tirando isso, não tenho grande coisa a apontar para além de que gostava de ter visto um desenvolvimento da história de forma mais focada, em vez de andar já a espalhar a narrativa por vários pontos de vista (por mais interessantes que sejam). Eu compreendo que sendo esta uma revista sobre os Vingadores, uma equipa composta por dezenas de membros, e a maior parte adorada pela generalidade das pessoas, não se pode dar ao luxo de ignorar algumas das suas personagens fulcrais durante demasiado tempo, mas pronto.

Por outro lado foi bom ter um vislumbre da vida cósmica destes heróis. Pessoalmente fiquei bastante satisfeito por ver a história a espalhar-se facilmente por um campo de acção alargado, propício a eventos inesperados por estar tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo. Só pensando na coisa de forma objectiva é que fico um bocado reticente, por causa da confusão que pode criar a leitores que não estejam tão habituados a lidar com este Universo.

As personagens, como já disse, são muitas, e tirando duas ou três mais secundárias e até agora irrelevantes, são todas personagens bastante fortes e com um grande carisma. Os autores têm conseguido lidar bem com isso, pelo menos, não há personagens a roubar espaço a outras, quer a nível de argumento, diálogos, e de arte. Todas têm os seus momentos.

O problema destas coisas é mesmo que me deixa curioso para ver o que acontece a seguir, embora não tenha uma continuidade tão forte como os X-Men, muito menos a propensão destes últimos para os cliffhangers. Venha o próximo!

2 comentários:

Optimus Primal disse...

Pois é cada arco é um bocado longo 6 numeros as vezes tem de prelongar uma cena para esticar e caber em tpb.

Rui Bastos disse...

Pois. Disso não sou fã... Ainda por cima porque o #3 e o #4 não contam directamente esta história, e só voltamos aos Vingadores per se no número #5... Em Junho!