Argumento: Giovanna Bo, Fabio Michelini, Stefano Enna, Bruno Sarda, Gaya Perini, Bruno Concina, Giorgio Pezzin, Rodolfo Cimino, Ennio Missaglia, Massimiliano Valentini
Arte: Giorgio di Vita, Sergio Cabella, Luciano Gatto, Alessandro Gottardo, Graziano Barbaro, Ottavio Panaro, Stefano Intini, Danilo Barozzi, Comicup Studio, Andrea Lucci
Opinião: Depois de eu muito bradar aos céus, as minhas preces foram ouvidas! Não sei que tipo de divindade cartoonesca controla estas coisas, mas se descobrir ergo-lhe um altar. É que já li vários especiais e Big's deste renascer destas personagens por terras lusas, e devo ter dito em todas as críticas que gostava mesmo de ver o Patinhas era em confrontos com alguém. Especialmente se esse alguém fosse rico, poderoso, teimoso e implacável como ele. Acho que traz o melhor do Patinhas ao de cima.
E é então que lançam este especial inteiramente dedicado a confrontos entre o Tio Patinhas e o seu jovem inimigo, o Patacôncio! Trezentas e vinte páginas de porrada, sangue e tripas!
Não, isso não é aqui, esqueçam essa última parte.
Falemos das histórias. Há algumas parvas e inverosímeis, mas que não deixam de ser engraçadas, e há outras tantas que são mesmo muito boas. Logo para começar em força, uma história com um fim surpreendente, que nas mãos de um desenhador com outro estilo ainda tinha ficado melhor. Spoiler alert: é tudo um jogo no computador no Patacôncio. Foi interessante e altamente inesperado, mas tinha sido muito mais satisfatório se ao longo da história tivessem aparecido pistas subtis que permitissem chegar ao fim e pensar "ah, então é por causa disso que aconteceu aquilo".
Interessante de ver, também, são as histórias em que nenhum dos dois ganha. Mais que não seja porque nessas normalmente há algum tipo de colaboração entre os dois, ou uma rivalidade ainda mais acirrada do que o normal, o que implica mais interacção entre ambos. E isso é sempre bom de se ver. A dinâmica que conseguem ter entre inimizade e companheirismo é fascinante e raramente estragada por um argumento menos bom. Personagens que vivem verdadeiramente por si só!
Há ainda alguns destaques a fazer, como a história dupla com a participação do Avô Metralha, provavelmente o melhor Metralha de todos, e uma história que em si não tem nada de extraordinário (para além da primeira cena ser o Tio Patinhas a pedir a Brigitte em casamento), mas que tem uma arte absolutamente fantástica. O desenhador é Graziano Barbaro e fiquei fã! As personagens estão mesmo muito expressivas, e os desenhos cuidados são um regalo para os olhos.
Tirando uma ou duas histórias mais fraquitas, e o uso de "ciência" em pelo menos duas das histórias, este Especial foi uma óptima leitura e só posso redobrar a minha confiança nesta colecção!
2 comentários:
Por acaso começa muito bem com as 2 primeiras histórias depios derrapa na qualidade.
Não concordo. Por exemplo, aquela história que começa com o Patinhas a pedir a Brigitte em casamento tem uma arte do caraças. Ok, talvez nem todas as histórias tenham o melhor argumento, mas dou-lhes o desconto de serem histórias para putos e acho que até estão adequadas!
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