segunda-feira, 22 de junho de 2015

Cidade de Vidro


Argumento: Paul Auster
Adaptação: Paul Karasik e David Mazzucchelli
Tradução: Paula Caetano


Opinião: Nunca li nada de Paul Auster, portanto não conheço o livro Cidade de Vidro sem ser de nome. Mas o meu primo André emprestou-me esta adaptação, juntamente com outras três BDs que serão comentadas eventualmente.

Este foi o primeiro dos quatro que li, porque tenho uma certa aversão a este tipo de adaptações e queria já despachar aquele que me parecia menos interessante. Pois bem, nunca devia ter duvidado do gosto literário do meu primo.

Esta adaptação de Cidade de Vidro é um livro notável, surrealista e simbólico, com uma qualidade excepcional. A "meta-viagem" do protagonista é confusa, mas interessante, a sua vida desde que se vê preso no enredo deste livro é cativante e encontra-se bem descrita (a vários níveis).

A história em si, que imagino que deva o seu mérito a Paul Auster, é bizarra e joga bem com vários temas e estilos diferentes. Sem hesitar misturar o que muito bem lhe apetece, a narrativa parece quase divertir-se com a forma como guia o leitor pelos caminhos mais tortuosos do entendimento.

Uma sensação brilhantemente transposta para os desenhos, que não aparentam ser nada de especial mas que explodem de vez em quando em fantásticos jogos de sombras e outros de significados e simbolismos capazes de orgulhar Jorge Luís Borges.

Muito, muito bom, é aquilo que eu posso dizer sobre isto. Não sei quão bem feita está a adaptação, em termos de adaptar o livro original, mas pelo menos é uma boa, aliás, excelente, BD! Tinha alguma curiosidade para ler alguma coisa de Paul Auster, e agora já sei definitivamente por onde começar.

3 comentários:

Artur Coelho disse...

auster é uma boa surpresa, não é?

Denise disse...

Paul Auster é obrigatório.

Boa descoberta ;)

Rui Bastos disse...

Epah, estou definitivamente interessado!