Argumento: Grant Morrison
Arte: Klaus Janson, Steve Buccellato
Tradução: José de Freitas, Filipe Faria
Opinião: A minha impressão deste livro é que não ia ser grande coisa. A capa parecia-me banal, o título pouco chamativo, e a sinopse pouco avançava que me cativasse por aí além. Mas assim que comecei a ler, mudei de opinião. Isto é interessante!
Grant Morrison é um bom contador de histórias, e claramente muito bom a representar o Batman. A personalidade do Cavaleiro das Trevas, embora não seja o ponto alto, é sem dúvida uma das coisas mais bem feitas nesta BD.
O ponto alto é fácil de apontar, e dá-me uma nova opinião da capa: o ambiente. O gótico, que assenta tão bem neste super-herói, é o foco não só da arquitectura mas de praticamente todos os panéis, muito escuros, mas muito detalhados, ominosos e grandiosos.
A falha vem na história em si, que é deveras interessante, mas não para o Batman. Nem sequer para a DC, que sempre foi mais virada para a ficção científica mais dura. É que esta é uma história que envolve um oculto muito estranho e que fica muito por explicar. Não me agradou, essa parte. Especialmente o facto do Batman aceitar tão bem essa versão dos factos.
De resto só tenho a apontar a enorme coincidência que é o vilão ser quem é, e isso estar ligado de forma tão íntima à infância de Bruce Wayne e à origem do Batman. Eu não teria feito essas ligações, mas eu também não teria contado uma história do Batman que envolve ele aceitar que o vilão é um tipo que fez um pacto com o Diabo para ser imortal durante três séculos.
No fim não é uma má leitura, e a arte realmente ganha muitos pontos a seu favor, portanto não liguem demasiado aos defeitos que apontei, e pelo menos experimentem!
2 comentários:
Eu gostei o jogo entre o Batman e o Doutor que o queria elouquecer quase resulta.
Confirma-se! É um jogo psicológico que de certa forma funciona melhor do que o do Joker, em The Killing Joke...
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