sexta-feira, 10 de julho de 2009

O Fado da Sombra



Antes demais, não sei se descreva este livro como dos melhores ou dos piores da saga. Tem umas reviravoltas absolutamente surpreendentes, de deixar cair o queixo, e outros momentos de completa monotonia, e de desilusão. O prólogo é interessante e tal, deixa muita coisa no ar, mas depois Seltor só aparece no final, o que para uma personagem tão excepcional como ele é, é um bocado a puxar para a desilusão...

Temos a situação do Quenestil, que é interessantíssima, e que provavelmente vai decidir o futuro das Crónica no próximo e último livro, mas o envolvimento do Tannath, com aquela luta de um capítulo inteiro, foi extremamente aborrecida. Cerca de 20/30 páginas cuja única coisa que acontece são estes dois a porrada? Não obrigado, estendeu-se demasiado.

Depois temos o Allumno, que até que começou bem, mas teve um fim precipitado e que foi sinceramente decepcionante. Esperava mais desta personagem, e do que lhe aconteceu.

Worick, Taislin e Lhiannah estiveram um bocado apagados, embora já sentisse falta do thuragar, com as suas piadas e constante luta com o burrik! E Worick teve um belíssimo ponto alto na invasão dos thuragar, pois estava no seu meio natural, rodeado de inimigos e a andar à porrada.

De Kror mal se ouviu falar, apenas com uma perseguiçãozita, e uma partezita de nada no final, embora essa parte tenha sido interessante, mas esperava-se mais de uma personagem tão interessante.

Aewyre, o grande protagonista, foi... bem, o grande protagonista. Teve os seus momentos altos, e um momento altíssimo, que simplesmente adorei, no final, depois da luta com Seltor.

A Slayra regressou em força às suas origens, embora não seja um desenvolvimento assim tão bom, mas está melhorzinha do que nos livros anteriores.

E toda a situação do Aereth e do Culpa foi das melhores situações de todas as Crónicas, embora ache que Culpa foi uma excelente personagem, muito sub-aproveitada.

Quanto à história em sim, um claro desenvolvimento da parte do autor, quando comparado com os outros livros, e a linguagem é aqui muito menos complexa, embora ainda hajam alguns laivos de complicação, mas pouca coisa...

Balançando, o livro fica numa linha ténue entre o melhor livro e dos piores. Depende do capítulo em que uma pessoa estiver a ler!

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