domingo, 30 de agosto de 2009

Fahrenheit 451


Num futuro paralelo, onde os livros foram proibidos, e a sua posse e leitura, punida com a morte, Guy Montag, um bombeiro, cujo trabalho é o de queimar livros, tem um hobbie algo perigoso: colecciona livros.

Desde que todas as casas se tornaram ignífugas (imunes ao fogo), que o trabalho dos bombeiros mudou, do, agora inútil, apagar fogos, para, o provocar fogos. Sempre que um livro é detectado, os bombeiros são enviados para o queimar. Mas Montag, movido por uma qualquer curiosidade instintiva, guarda sempre alguns livros, tirados dos incêndios que provoca.

Um livro pequeno, mas que não deixa de ser excepcional, tanto pelo seu valor literário, como pela sua dura crítica, a uma sociedade que cada vez mais despreza os livros, e o pensamento próprio e livre, e se vira para a televisão.

Podemos ver isso na reversão do trabalho dos bombeiros, que é direccionado para a queima dos livros, e punição dos seus possuidores; e, claro na futurista versão da televisão, que praticamente envolve o espectador nos acontecimentos dos programas.

Como pormenor interessante, não posso deixar de falar dos cartazes de publicidade, que têm centenas de metros de comprimento, para surtirem o seu efeito nos condutores que viajam a velocidades vertiginosas.

Uma leitura rápida, mas nada leve, que transmite uma mensagem poderosa. Sem sombra de dúvida, um brilhante livro.

2 comentários:

Jacqueline' disse...

Este é um dos livros que tenho em mente para ler, mas guardo algum receio precisamente por não ser uma leitura leve... Apesar de tudo, as férias estão a acabar e agora é a melhor altura. Obrigada pela sugestão, pode ser que a siga brevemente ;)

Rui Bastos disse...

Sim, é uma leitura pesada, mas lê-se bem. Acho que deves aproveitar!