terça-feira, 2 de março de 2010

Rainha das Trevas


Se há coisa que me apercebo depois de ter lido este livro, é de quão pouco eu sei, pois lembro-me de vários adjectivos para classificar este livro (bem como a trilogia que finaliza), mas no entanto, não me parecem nem perto de serem suficientes.

Vejamos: Não existem mais do que 2 ou 3 páginas "desperdiçadas", no sentido de conterem puramente palha, ou de informações pouco relevantes e dispensáveis. Tudo é importante, para a caracterização das personagens, para que entremos um bocado nas suas mentes, para que as percebamos melhor, e para termos uma melhor noção da história, bem como do mundo onde ela se passa.

Na minha opinião, é neste livro que conseguimos apreciar totalmente toda a saga. Tal como as Teias de visões e de feitiços descritas nos livros, em "Rainha das Trevas", assistimos a um relativamente lento, ainda que extremamente intenso, emaranhar de todos os pequenos fios que se criaram ao logo dos outros dois livros, até culminar num dos mais bem preparados clímax que já li.

Embora o final em si não seja propriamente surpreendente, o caminho até lá é verdadeiramente invulgar. Começando pelo papel dos parentes no meio de toda a história, e acabando na peça chave que Daemon se revela, embora de forma muito, muito, mas muito disfarçada.

Anne Bishop consegue, mais uma vez, e neste livro mais do que nunca, transportar-nos para um mundo muito especial (e especialmente cruel), não precisando para isso de descrições muito exaustivas, nem de grandes paragens na acção. É aliás, muitas vezes, através da acção que o ambiente é caracterizado, pois conseguimos literalmente sentir a tensão que envolvem algumas cenas mais fortes.

Dizer que este foi o meu livro favorito desta saga, é dizer pouco, mas a verdade é que o foi. Uma trilogia que vale muito a pena, e que não deixa, nunca, de ser interessante.

6 comentários:

Morrighan disse...

Tenho aqui o primeiro livro mas ainda não me pegou verdadeiramente para ler :/

Mas gostei da tua crítica, vou ver se o subo de prioridade =P

Tiago Mendes disse...

Tenho de ler a Filha do Sangue. Mesmo.

Boas leituras!

PS: Passa pelo Lydo, que está lá até Domingo um passatempo no qual podes ganhar um exemplar do livro «O Passado que Seremos» da Inês Botelho!

Rui Bastos disse...

Morrighan, obrigado, e olha que vale a pena, sobe-o lá um pouco :p

Tiago, concordo plenamente. Lê! =D

Aprendiz de Poetisa disse...

Bom dia.

Gostaria de lhe pedir, se poderia divulgar e criticar o meu livro, Mistério em Connellsville.

Todas as informações sobre o livro estão em www.misterioemconnellsville.blogspot.com

Fico a aguardar resposta (responda, por favor, para o blog indicado acima).

barroca disse...

É, sem dúvida, uma trilogia espectacular, tanto que não resisti a ler outras obras da autora, que mantêm o universo e sociedade dos Sangue. Alguns têm interesse, outros foram menos conseguidos (como o que estou de ler de momento).

Mas estes 3 livros são um tesouro, lá isso são, e devem ser recomendados!

bué de livros: http://a-minha-estante.blogspot.com/

Rui Bastos disse...

As outras obras da autora estão todas na wishlist (A)