segunda-feira, 8 de junho de 2015

Falling Skies [T2]


Malta... Há esperança. Pouca, ténue e periclitante, mas ela existe. Depois de uma primeira temporada muito, mas muito mediana (e a tender para fraca), Falling Skies conseguiu arranjar uma segunda temporada mais interessante, mais bem feita, com uma narrativa melhor, grandes desenvolvimentos das personagens e uma abordagem melhor, de uma forma geral!

A sério, fiquei impressionado. Não se excitem demasiado, que continua a ser uma série mediana, só que esta temporada conseguiu tender para o "bom". Muitas personagens continuam a tomar decisões questionáveis, e os acontecimentos têm uma sequência algo... peculiar. Quase como se fossem programados de forma óbvia para aparecerem nos momentos em que vão causar mais impacto.

Sim, eu sei que é o que acontece com tudo, só que aqui é tão explícito que dói.


Mas vá, a verdade é que esta temporada foi consideravelmente melhor do que a anterior, com a maior parte das falhas a serem problemas que já vinham de trás. As personagens estão muito mais coerentes, se ignorarmos os últimos episódios e em especial as novas personagens, e a narrativa é muito mais sólida (e interessante, diga-se de passagem).

Só é pena que os diálogos continuem a ser péssimos. Das más decisões que as personagens fazem, enfim, já nem vale a pena e isso até melhorou um pouco. Mas os diálogos são, sinceramente, dolorosos.

Felizmente a trama adensou-se e teve direito a um momento final (relativamente) inesperado, ainda que não seja grande cliffhanger, como era suposto, mas que teve pelo menos a capacidade de me pôr a pensar "sim senhor, quero ver no que isto vai dar".

A grande força desta segunda temporada, no entanto, não está em nada daquilo que falei até agora. Não, esse papel fica para os skitters, aqueles aliens verdes e couraçados de muitas pernas que andavam pela primeira temporada a raptar crianças e a efectuarem o belo do mind control via centopeias gigantes e cintilantes.


A evolução deste grupo de personagens, especialmente as revelações que são feitas, são dignas de uma boa série, e fiquei com muita pena que se tenham perdido no meio de tantos dramas adolescentes vividos por adultos traumatizados. É que o argumento quer forçar o espectador a prestar atenção ao Tom, e à sua luta com os filhos, ou à sua luta com a médica que o tem apanhadinho, ou à sua luta com as patentes superiores, ou à sua luta consigo próprio, enfim, Tom, o grande, Tom, o importante, Tom, o protagonista.

Tretas. Mais tempo de antena para os aliens, se faz favor, que são tão mais interessantes que os humanos que até me sinto envergonhado.

Agora falta ver como é que tudo evoluiu. A série tinha tudo, neste ponto, para se tornar verdadeiramente boa, só não sei se aproveitaram ou não, mas nesta altura do campeonato já torço para que sim!

2 comentários:

Marco Lopes disse...

Como invejo essa inocência, apesar de ainda ser um pouco como tu: sempre a esperar o melhor.

Como (acho que) já disse por aqui esta serie apenas se mantém no ar por ter o nome do Steven Spielberg no genérico. Não posso acrescentar muito mais ao que dizes. Realmente os diálogos são maus, etc, etc, mas o raio dos finais de temporada deixam-me sempre com vã esperança de que talvez a próxima temporada seja melhor.

Irei ver a 5.º temporada (que estreia já no dia 28 deste mês), mas para mim vai ser a última.

Mantêm essa inocência ;)

Rui Bastos disse...

Epah, aquilo tem óbvias falhas, que muito me chateiam... Mas a história parece estar a ir numa direcção decente. A ver vamos!