quarta-feira, 22 de abril de 2009

As Espadas da Noite e do Dia


A sequela de 'O Lobo Branco', 'As Espadas da Noite e do Dia', é um livro tão espectacular como o anterior. Mais uma vez se vê a extraordinária capacidade de David Gemmel de criar personagens. Todas elas têm uma profundidade e uma complexidade fora do comum, especialmente num livro repleto de porrada como são os livros de High Fantasy. Notei também uma coisa que não tinha notado no anterior, mas que agora, pensado bem, também lá estava. As atmosferas criadas são de uma espectacularidade espectacular (desculpem-me a repetição). Uma pessoa embrenha-se mesmo na história e no livro, e às vezes ficamos à espera que um qualquer guerreiro salte detrás de alguma coisa.

A história, em si, é também espectacular. 1000 anos depois da sua morte, Skilgannon o Maldito é trazido de volta à vida por Landis Khan, que acreditava numa antiga profecia, que dizia que Skilgannon seria o salvador do mundo. Mas a causadora disto tudo, é a Eterna, uma Renascida, assim como Skilgannon. Só mais tarde na história é que Skilgannon descobre que a Eterna é Jianna, a mulher que ele amou na sua primeira vida, há 1000 anos atrás. Landis Khan descobriu o seu túmulo, e usando os seus ossos, conseguiu ressuscitá-la. Durante os 500 anos seguintes, a Eterna, através de múltiplos e sucessivos renascimentos, foi dominando o mundo, entrando em guerra com várias nações.

Skilgannon, aceita que tem de salvar o mundo da Eterna, e no caminho encontra Harad, Renascido dos ossos de Druss, a Lenda, mas sem a sua alma. Skilgannon dá-lhe Snaga, o machado de Druss, e juntos partem. A eles juntam-se também Askari, uma das Renascidas da Eterna, mas também sem a sua alma (como que um receptáculo para que quando a Eterna morresse, tivesse outro corpo para transferir a sua alma), e ainda Stavut, um antigo mercador, que se torna líder de uma matilha de Ambígenos, agora chamados de Jiamads. O grupo junta-se às Lendas, um pequeno exército formado pelos últimos drenai, e juntos lutam contra as tropas da Eterna. Durante o combate, Skilgannon e Askari vão para o templo escondido dos Ressurrecionistas, para destruirem o cristal que originava toda a magia no mundo. Após uma batalha com Decado, descendente de Skilgannon, o cristal é destruído, a Eterna morre, e o mundo fica a salvo. Pelo menos por enquanto.

Resumindo, um grande livro, uma grande sequela, aconselho vivamente.

sábado, 18 de abril de 2009

O filho de Odin


Triste. Sem nexo. Imaturo. Fútil. Infantil. E porque não podemos falar só de bons livros, apresento-vos O filho de Odin um wanna be High Fantasy, escrito por um miúdo de 15 anos, fã de PS2, arrogante até à ponta dos cabelos, filho de figuras públicas e com uma noção esquisita quanto à língua portuguesa. Diz querer ser um escritor moderno do Séc. XXI, e espera vir a publicar muitas mais obras. Eu e todos os leitores coerentes que tiveram a infeliz experiência de ler O filho de Odin, esperamos que isso não aconteça. Escrita pior do que a que é utilizada na revista Maria, Protagonista que é notoriamente um prótotipo do próprio autor com grandes parecenças ao Action Man, Dráculas misturados com monges esquisitos que o ressuscitam, e depois são fulminados por raios laser, e personagens com a personalidade de um peixinho doirado. Na contra-capa contamos com os comentários amigáveis dos amigos dos papás do autor João Zuzarte Reis Piedade, como o do grande Ruy de Carvalho, Rui Veloso (nunca pensei) e Pedro Granger, que acha aquela coisa à qual chamam livro FABULÁSTICA!


E outra coisa, corrijam-me se estiver enganada: orcs não são uma invenção exclusiva de Tolkien?? Bem, eu sou a favor de jovens talentos, mas isto? Li o livro em 4 horas, e quando cheguei ao fim pareceu-me que tinha acabado de ler uma composição de um miúdo de 8 anos para a escola. Com tantos escritores jovens de qualidade a quererem publicar bons livros, e aparecem-nos prendas destas só porque os pais têm dinheiro para isso!...

Hum... e esqueci-me de informar de que o nada irrealista autor pretende fazer um filme da sua magnifica obra?


Boas leituras, (O filho de Odin não está incluído)

By A.

Stardust - O mistério da estrela cadente.



«- E se eu te trouxesse a estrela caída? - inquiriu Tristan, animado - O que me darias? Um beijo? A tua mão em casamento?

- Tudo o que quisesses - respondeu Victoria, divertida.
- Juras? - perguntou Tristan?
- Claro. - afirmou Victoria sorrindo


É este pequeno excerto que irão ler na contracapa de Stardust - O mistério da estrela cadente, numero 16 da colecção Via Láctea da Presença, se por acaso o tivessem em vossa posse. A melhor história de "pura" fantasia que alguma vez li na minha vida, um romance fantasioso de Neil Gaiman, que já contou com duas obras da sua autoria adaptadas ao grande ecrã, sendo uma delas Stardust e a outra, mais recente e para cinema de animação Coraline.

Quanto à historia de Stardust, irei continuar a expor-vos a contra-capa, com a sinopse desta magnifica obra:


«Victoria Forester era considerada a rapariga mais bonita das Ilhas Britânicas, mas para Tristan ela era a rapariga mais bonita do mundo, e a sua paixão por ela não conhecia limites. Por isso, as palavras que Victoria proferiu naquela noite de Outono em que oram ambos surpreendidos pelo brilho extasiante de uma estrela cadente soaram como música aos seus ouvidos. Afinal havia um caminho para o coração da sua amada. Tudo o que tinha de fazer era apanhar aquela estrela... e esse era agora o seu único desejo! Só que a estrela de Tristan caiu no País Mágico, no país onde habitam dragões, grifos, basiliscos, hidras, unicórnios, gnomos, enfim, toda a sorte de criaturas extraordinárias e imagináveis, e lá, as estrelas cadentes são belas raparigas de olhos azuis e cabelos louros. Uma enorme parede de pedra separa a aldeia de Wall desse mundo fantástico, mas nada poderá demover Tristan, e é justamente quando dá o primeiro passo no País Mágico que tem início a sua empolgante aventura»

Um pequeno à parte: Não, não é minimamente um livro para crianças :D


By A.

No reino de Glome


Digo que, este tipo de livro não faz minimamente o meu género, mas surpreendeu-me. Quase que me obriguei a comprá-lo pois trata-se de uma narrativa de C. S. Lewis, o famoso escritor de As crónicas de Nárnia, o segundo Senhor dos anéis. Ao ler No reino de Glome, quase me esqueci de que estava a ler Lewis, porque a história abominavelmente boa deste livro, nada tem a ver com a inocência de As crónicas de Nárnia a que Lewis tão bem nos habituou.



No reino de Glome, contamos com a estranhíssima história de Orual (Maia), filha do rei Trom, soberano de um reino bárbaro de nome Glome cujas estranhas tradições passavam pelo sinistro culto à deusa Ungit e ao seu filho o deus da montanha, correspondentes à Afrodite e Cupido do povo grego. Quando a irmã mais nova de Orual nasce, fruto de um segundo casamento do pai, Psique, bela a jovem, alterará para sempre a vida e os cultos do povo de Glome e até mesmo da Grécia, quando, não havendo outra escolha, a sua carne é oferecida ao deus da montanha, em troca de boas colheitas. A história de Psique continua, quando é feita refém e noiva de Cupido, o horrível deus da montanha.


O escritor:
















By A.

Eu, Animal.


Para quem gostou de ler e de ver Slumdog millionaire. Eu, Animal, é a história comovente, atraente, benevolente, criativa, emocionante e irónica de Animal, um rapaz indiano de 18 anos, residente da cidade de Kaufpur, cujos pais assim como a sua restante família desapareceram depois da noite que alterou a vida de todos os Kaufpuris. Este bizarro acontecimento, trata-se do descuido involuntário que ocorreu numa fábrica de químicos em pleno centro da cidade, em que um tubo mal cuidado levou à chacina de milhares de pessoas. E mesmo as que não morreram ficaram gravemente afectadas, como é o caso de Animal, cuja inalação de resíduos tóxicos quando ainda era pequeno, o fez entortar a coluna de tal maneira que passou a deslocar-se com os quatro membros. Na luta pela justiça e pela afirmação no mundo, Animal é acompanhado por Nisha, uma inteligente estudante universitária pela qual se apaixona, Jara, uma cadela e sua melhor amiga e uma freira louca afectada pela catástrofe daquela noite. Eu, Animal, é uma narrativa inteligente de Indra Sinha, num relato perfeito da Índia actual.

By A.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Lobo Branco


Apenas um dos mais de 30 livros de David Gemmel, um dos mais brilhantes escritores de high-fantasy. Pena que em Portugal só tenham traduzido este, e a sequela 'As Espadas da Noite e do Dia'. Os livros anteriores deviam ser extremamente interessantes de se ler. Mas bem, passemos a este livro, e deixemos o deficiente funcionamento do mercado de livros em Portugal.

'O Lobo Branco' conta a história de Skilgannon o Maldito, general implacável sob as ordens de Jianna, a Rainha Bruxa. Durante o tempo em que foi general, comandou ataques que chacinaram milhares de pessoas, e ele próprio matou centenas de pessoas, com as suas espadas, as Espadas da Noite e do Dia, mas depois, arrependido, desapareceu, e enveredou pela carreira de padre, como Irmão Lantern. Mas uma guerra desponta, e Skilgannon é forçado a pegar uma vez mais nas Espadas e a defender o convento dos camponeses enraivecidos, que acusavam o convento de esconderem um assassino, que não passa de Rabalyn, uma criança.

E assim fica a mensagem, Skilgannon está de volta. Com a cabeça a prémio pela Rainha Bruxa, Skilgannon viaja até Mellicane com Braygan, um padre do convento, e Rabalyn, a criança escondida no convento. No caminho para Mellicane, conhecem Druss, a Lenda, o herói dos Drenai, que os defendeu na Grande Batalha de Skeln. Como iam para o mesmo sitio, Druss junta-se ao pequeno grupo. Como eles vai também um grupo de refugiados, que os dois salvaram de um ataque de Ambígenos, criaturas meio animais meio homens. Desse grupo destacam-se Jared e o seu irmão Nian, que tem um tumor na cabeça, que o torna numa espécie de autista leve.
Uma vez na cidade, Garianne e também Diagoras, amigos de Druss juntam-se a eles. Juntos procuram o Templo dos Ressurrecionistas, encontrando o templo onde vive Ustarte, mas que não é o dos Ressurrecionistas. Ustarte é incapaz de os ajudar, e o grupo parte em perseguição de Máscara de Ferro para salvarem a filha de um amigo de Druss, Orastes, que foi raptada. Na batalha os gémeos morrem, bem como o Máscara de Ferro, morto por Skilgannon.

Claro que depois tem um final já a dar pistas para o segundo livro, mas eu não vou falar dele, que além de ainda ter coisas para dizer, e o post já estar demasiado grande, não tinha piada contar a história toda. Tenho que dizer, que embora não sendo o meu livro favorito, (nada ultrapassa As Crónicas de Allariya, santa paciência) entra de certeza nos melhores que já li. Uma escrita com descrições pouco detalhadas, mas mesmo assim dão-nos uma excelente ideia de tudo, um bom enredo, e porrada atrás de porrada. Mas o melhor deste livro são mesmo as personagens. Absolutamente geniais, tenho que dizer. Skilgannon, o Maldito, culpado de milhares de mortes, mas mesmo assim acaba por ser um herói, bondoso e benevolente. Druss, a Lenda, o típico veterano de guerra, honesto e leal, com 50 e tal anos, mas mesmo assim capaz de dar um enxerto em toda a gente. Garianne, a estranha rapariga que ouve vozes, com um passado obscuro. Diagoras, um guerreiro táctico, com medo de Skilgannon, mas que acaba por se tornar seu amigo. Os gémeos são excelente demais para serem descritos, enfim, todas as personagens, são brilhantes.

Por outras palavras, um livro simplesmente espectacular.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Robur o Conquistador


Mais um livro de Júlio Verne. A escrita é boa, como sempre, mas a história deste livro deixa muito a desejar, pelo menos na minha opinião. A história começa no Weldon Institute em Filadélfia, com Uncle Prudent como seu presidente e Phil Evans como seu secretário, onde os dias são passados em acesas discussões entre os seus membros. Discussões essas sobre aviação. Hélice à frente, hélice atrás, planador, de hélice, enfim, discussão de pequenos pormenores que não interessam a ninguém, com balonistas de todos os lados da discussão.

Um dia, entra de rompante um homem pela sala adentro do Weldon Institute. Esse homem é Robur, que afirma que o futuro da aviação passa pelos aparelhos mais pesados que ar, afirmação rapidamente posta em causa por todos os membros do instituto. Por entre uma discussão acesa, e alguns tiros de revólver, Robur desaparece, tão depressa como tinha aparecido.

Mais tarde, terminada a sessão no instituto, Uncle Prudent, Phil Evans, e seu criado Fricollin, passeiam pelo parque, e são raptados. Por quem? Por Robur, claro está, que os mantém prisioneiros no Albatroz, a sua máquina voadora mais pesada que o ar. A história descrita daqui para a frente, pouco interesse tem, basicamente uma viagem pelos ares, passando por vários sítios, uma caixa de rapé deixada cair com uma mensagem de socorro dos prisioneiros, uma paragem numa ilha no meio do oceano, que permite aos prisioneiros fugir, e explodir com o Albatroz.

Uncle Prudent e Phil Evans, sãos e salvos já no Weldon Institute, avançam com os trabalhos do seu balão gigante, o Go Ahead, aparelho para provar que o futuro está nos mais leves que o ar. Durante a demonstração de voo do aparelho, aparece quem? O Albatroz, obviamente, comandado por Robur, que o presidente e o secretário do Weldon Institute julgavam morto. Robur tinha reconstruído o Albatroz, e lutava agora com o Go Ahead. Este rebenta, e cai, os seus tripulantes são salvos por Robur, que os deixa em terra, e depois desaparece.

Uma história no mínimo desinteressante, digo eu.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Índias Negras


A história não se passa na Índia, por estranho que pareça, mas sim na Escócia! Ou mais propriamente no subsolo escocês. Sim, o livro conta a história de uma hulheira, sítio de onde se extrai o carvão, chamada Aberfoyle. Primeiro descreve-se o último dia dessa hulheira, quando se extraiu o último pedaço de carvão.


Depois passados uns anos, o responsável da mina, Jaime Starr, recebe uma carta de um dos seus capatazes, Simão Ford, a pedir-lhe para voltar à mina, para uma causa urgente. E no dia a seguir, recebe outra carta anónima a dizer para não voltar à hulheira. Jaime Starr, claro, vai a correr para lá, e encontra Simão Ford, a sua mulher Madge, e o seu filho Harry, ainda a viver na hulheira. Sim uma família a viver numa mina.

Depois há uma série de acontecimentos estranhos, descobrem todos um novo filão de carvão e Aberfoyle rejubila. Mais acontecimentos misteriosos, salva-se uma menina do fundo de um poço, e no final mesmo no final, descobre-se que a rapariga é neta de Silfax, que basicamente é um velho maluco que vive na mina desde sempre, na escuridão e que tenta explodir com aquilo tudo.

Mas para variar, tudo acaba bem, Harry e a rapariga, Nell, casam-se. Acaba por ser um livro interessante, pequeno mas interessante, e com reviravoltas esquisitas, o que apenas o torna mais interessante.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Aparição


Um livro escrito por Vergilío Ferreira com uma mensagem filosófica profundamente entranhada. O autor conta-nos a história da sua vida através de uma personagem ficticía "Alberto", que no fundo é o autor com outro nome. Ele conta a sua história, e lá pelo meio volta atrás e recorda coisas da sua infância e juventude.


Ficamos a conhecer a história de Alberto (e a do autor, por serem a mesma), na sua estadia em Évora, cerca de 1 ano lectivo, e de tudo o que ele aí passou, incluindo uma relação no mínimo estranha com Sofia, e um impasse com Ana, que nunca se percebe bem se gosta ou desgosta de Alberto, pois tanto o convida para jantar, como a seguir, no próprio jantar contraria completamente todas as suas teorias. Vemos também a sua relação com Bexiguinha, um seu aluno da faculdade, e que tem teorias muito parecidas com as dele, mas que acaba por ficar apanhado da tola, entre outras personagens que muito sinceramente não me lembro do nome, e também não quero contar demasiados pormenores.

Sobre a escrita de Vergilío Ferreira, só posso dizer que adoro. Gosto da maneira como ele escreve, as suas descrições, os seus diálogos... Uma escrita ao mesmo tempo simples e complexa, mas no entanto de fácil entendimento para quem esteja com um mínimo de atenção.

Contudo, não gostei propriamente do livro. Gostei razoavelmente, vá... A escrita é realmente muito boa, mas a história em si desperta pouco interesse (tirando os acessos de loucura de algumas personagens, e o sangue por ali derramado).

Resumindo, não aconselho nem desaconselho. A escrita é boa, o livro safa-se. A história é um bocado desinteressante, e se quem não gosta de filosofia pode esquecer este livro. A sério.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Avatar


O primeiro livro da colecção 'Destino do Universo', escrito por Frederico Duarte. É verdade, mais high-fantasy tuga! Embora este, na minha opinião não chegue nem perto das Crónicas de Allarya de Filipe Faria.


Mas pronto eu sou ligeiramente suspeito, as Crónicas já são os meus livros preferidos, não há lá muita hipótese para os outros. Agora falando a sério, até que é uma história interessante com reviravoltas emocionantes e o caraças mas... as descrições são um bocado pobres, e a própria maneira de escrever... não sei, não me parece bem. Não dá para nos embrenharmos na história, não ficamos com uma ideia do que é aquele mundo, ao contrário do que acontece nas Crónicas, em que ficamos constantemente à espera que um daqueles monstros nos salte à frente.

Apesar de tudo isso, até que é interessante, e fico à espera do próximo volume, 'Necromancia', pode ser que isto fique melhor...

domingo, 12 de abril de 2009

Os Contos de Beedle o Bardo


Escrito por J. K. Rowling, a célebre autora de 'Harry Potter', não é mau, tem histórias engraçadas, e os comentários de Albus Dumbledore (o director da escola de Hogwarts, até ao 6º livro, onde morreu) e que deixou como testamento a Hermione Granger (a amiga de Harry Potter) este mesmo livro, dão-lhe um toque de... não sei o quê, mas dão. Ao lermos que Dumbledore deixou este livro como testamento a Hermione, e depois ele ser publicado, dando-nos assim a possibilidade de o lermos, é algo de espectacular. Depois tem os pequenos pormenores, como uma pequena frase numa das primeiras folhas, debaixo do título 'Traduzido das runas originais por Hermione Granger'; e os comentários de Dumbledore acima referidos, dão-lhe o tal toque de não sei o quê.


Como em qualquer livro de Harry Potter, vemos a influência portuguesa, causada pelo casamento da autora com um português, e do tempo que cá passou, bem como alguns livros terem sido em parte escritos em Portugal. Neste livro é a capa que chama mais a atenção para isso. Ora vejam lá bem. Não vos faz lembrar um azulejo daqueles à là tuga? Pois é, pois é... Portugal e os portugueses estão sempre presentes nos livros de Harry Potter, normalmente em pequenos pormenores, e este livro não escapa à regra.

E bem... cá fica, não tenho muito mais a dizer do livro. Apenas que é bom e aconselho, especialmente a fãs de Harry Potter.

sábado, 11 de abril de 2009

Dois Anos de Férias


Um livro de Júlio Verne, um dos mais brilhantes escritores de todos os tempos. Desde prever o futuro, a fazer com que coisas que dificilmente aconteceriam na vida real, pareçam verdadeiras. Neste caso, um grupo de crianças entre os nove e os catorze anos, perde-se em alto-mar. Sem mais ninguém a bordo. Encalham numa ilha deserta, e passam lá dois anos sem qualquer contacto com a civilização, ou sem saberem muito bem onde estão. Mas caçam, pescam, organizam aulas, cozinham, têm festa de Natal, uma capoeira, arranjam uns animais parecidos com cavalos, e tudo aquilo que precisam, arranjam. Chá, comida, água doce, uma maneira de substituir o sal, enfim, montes de coisas.


Até elegem um chefe! E durante aquela curta estadia, têm dois, um para cada ano. Um dia descobrem que aquela ilha já tinha sido habitada por alguém, um náufrago francês. Descobrem o seu diário, o que os mete a pensar. Este náufrago encalhou nesta ilha também, e esteve cá uma data de anos e acabou por morrer sem conseguir sair da ilha. Como é que um grupo de crianças vai conseguir?

Pois é, um grande dilema. É então que há uma ruptura e um pequeno grupo deles decide separar-se do resto do grupo e ir viver para a outra ponta da ilha. Esse grupo revoltado descobre que chegaram mais pessoas à ilha, e decide voltar para ao pé dos outros. Enquanto isso, o grupo principal encontra uma mulher, uma das pessoas que chegou de novo à ilha. E... não vou continuar. Já contei a história quase toda, se quiserem saber mais leiam o livro.


sexta-feira, 10 de abril de 2009

O Herdeiro de Oz


Para falar do 'Herdeiro de Oz' tenho que falar do seu autor, Gregory Maguire. Este homem, tem uma espécie de... digamos... mania. Agarra em contos de fadas e histórias daquelas clássicas que toda a gente conhece, e escreve uma versão paralela da história, contando a história de outro ponto de vista, como é o caso de 'Confessions of an Ugly Stepsister' um livro que é nada mais nada menos, do que a história da Cinderela contada por uma das suas meias-irmãs, ou o de 'Mirror Mirror' que usa as personagens de Branca de Neve. Escreveu outros livros, de crianças, e outros do mesmo estilo destes dois acima referidos, mas o mais conhecido é sem dúvida 'A Bruxa de Oz' ou 'Wicked' na versão original, livro que conta a história da Bruxa Má do Oeste da história o Feiticeiro de Oz, e que nos dá uma ideia completamente diferente da história, pois o Feiticeiro acaba por ser o mau, e a Bruxa Má do Oeste é que é a boazinha. Para quem conhece a história do Feiticeiro de Oz, é um bocado estranho, acabarmos por estar a torcer pela Bruxa Má, personagem odiada na história original, embora tenha morrido no início. Mas é isso que acontece. E a Bruxa, tem até um filho Liir. E é sobre Liir que fala 'O Herdeiro de Oz', 'Son of a Witch' na versão original.

Depois da morte da Bruxa Má do Oeste, Liir, o seu filho (embora não saiba que o é) parte numa demanda em busca do seu Eu, ou seja para saber quem ele é na realidade. Acaba por fazer carradas de resmas de promessas que, percebe ele passado um bocado, não vai conseguir cumprir (pensa ele no inicio...), desde prometer ajudar uma meio Elefante (falante, por isso é que é com maiúscula) mascarada de humana, até prometer ajudar a Assembleia das Aves a livrar-se dos perigos que a afligem. Ele no final lá consegue resolver tudo, mas como rapaz com baixíssima auto-estima e uma má ideia de si próprio que mete nojo (a sério, mete mesmo nojo) acha sempre que nunca vai conseguir, que é uma porcaria, que não sabe fazer nada, etc. É demais.

Mas pronto, basicamente é isto. Ah, e a história é muito muito muito boa. Um universo de fantasia... não me sei bem explicar... do caraças! Maguire descreve um universo mágico, que mesmo sem revelar demasiados pormenores, faz-nos a nós criar esses pormenores e imaginar os cenários detalhadamente, tal é a envolvência dos livros dele. A sério, é bem bom, e eu só tenho pena que em Portugal só tenham publicado dois livros dele.

Ok resumindo, é muito bom, leiam, está mais que aconselhado, mas comecem pelo anterior 'A Bruxa de Oz', senão não percebem a história.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Aventura na Planície Assombrada


"O novo fenómeno literário, depois da Harry Potter" disse o New York Times. E embora eu tenha gostado muito, tanto deste, como do anterior, Túneis - O Segredo da Cidade Eterna, não acredito muito nisso. Porquê? Porque o Harry Potter tem uma história fácil. O bom, o mau, o herói, o bom misterioso, a horda de bons, a horda de maus, os maus que sabemos desde o inicio que são bons, e vice-versa. É simples, e tem tudo escrito, preto no branco. Adivinhamos o que vai acontecer umas 3 ou 4 páginas antes de acontecer, em grande parte dos livros do Harry Potter. Com Túneis isso não acontece. Tem um enredo mais complicado, personagens que não fazemos a mínima ideia de que lado estão, histórias paralelas completamente díspares, e que se fundem nalgum ponto, criando uma confusão do 'caraças'.

Portanto, sim, tem potencial para ser o novo fenómeno literário a seguir a Harry Potter. Até tem potencial para ser melhor. Mas isso não quer dizer que venha a ser. Eu, pessoalmente, já disse que não me parece, é uma história mais inteligente e de certa maneira mais fantástica e mais real que o Harry Potter. Sim, eu sei, os Harry Potter's são livros de magia, com histórias de magia, em que praticamente toda a gente usa magia. É verdade. Mas isso cabe muito melhor no nosso imaginário do que Túneis. Pelo menos eu acho mais fácil imaginar pessoas a fazer magia, do que um mundo completamente escondido nas profundezas da Terra, uma raça de albinos, os Colonos, controlados e chefiados por uma raça mesquinha, os Styx, que usam uma raça apática, os Coprolites para os seus trabalhos de escravo. Isto tudo misturado com pessoas da Superfície (pessoas normais, como as que todos conhecemos) que são raptadas, ou que fogem para a Colónia, a grande cidade desta malta toda.

Gatos anormalmente grandes, os Caçadores, e cães anormalmente anormais, os Sabujos. Há ainda carradas de animais estranhos e que já deveriam estar extintos, e ainda uma raça supostamente poderosíssima e completamente desconhecida de toda a gente. Para chatear ainda mais, temos as tramas e tramóias dos Styx, e dos renegados (Colonos, ou pessoas da Superfície, banidas para as Profundezas). As Profundezas, sítio onde se passa grande parte deste livro, é basicamente uma planície muita grande, completamente às escuras, com alguns segredos e surpresas aqui e ali.

Tenho de confessar que eu próprio fiquei confuso com algumas personagens e algumas reviravoltas, e estou em pulgas para que saia o 3º livro desta colecção.

sábado, 4 de abril de 2009

Dramacon


Sem dúvida, um dos melhores mangás que já li (e vi). Dramacon, um doa poucos mangás até à data traduzidos para português, e lidos da esquerda para a direita, é a história de um romance invulgar, pensado e concebido por Sveltana Chmakova, a primeira Russa a realizar um mangá de sucesso mundial.

Ao longo dos três volumes (que correspondem a anos consecutivos), vamos explorando as aventuras de Christie, uma rapariga de 17 anos totalmente viciada em mangá, nos festivais do mesmo. No primeiro ano, em que vive uma experiência totalmente nova ao ir ao festival pela primeira vez, conhece acidentalmente Matt, um misterioso cosplayer pelo qual se apaixona.
Quanto aos desenhos, num mangá contemporâneo, onde abundam os chibi e o preto carregado. Adorei-os :D

By A.

O Perfume


Arrepiantemente Soberbo. Sem adjectivos.
Acabei à pouco tempo de ler este fenómeno da literatura, e não sei simplesmente o que dizer dele. Depois de ter ouvido inúmeras opiniões sobre este livro, e todas elas diferentes, decidi tirar as minhas próprias conclusões e lê-lo. E adorei simplesmente. A inocência do personagem principal, Jean-Baptiste Grenoeille, mesmo sendo um assassino de mulheres bonitas, apaixona de tal maneira o leitor, que não podemos largar o livro, enquanto não tivermos a garantia da segurança do personagem na história até ao fim do livro.

O Perfume, editado pela primeira vez nos anos 80, conta já em Portugal com a 41ª edição, e foi até adaptado à 7ª arte em 2006, o que na verdade lhe deu a fama.

Recomendo totalmente :D
By A.