Uma narrativa breve de Lev Tolstoi, o autor de calhamaços como "Guerra e Paz" e "Anna Karenina", "A Morte de Ivan Ilitch" centra-se na condição humana. Ivan Ilitch, um prestigiado juiz, sofre de uma qualquer doença incurável, e tenta procurar uma explicação para a sua agonia. Racionalizar a sua dor. As descrições dos dias de agonia passadas por Ivan, são simplesmente arrepiantes. Ele tanto está com dores brutais, como filosofa.
Ivan Ilitch, questiona-se sobre o significado da vida, o significado da sua vida. Tenta perceber o que fez de mal para merecer aquele castigo, e principalmente, o que é que as outras pessoas fizeram de bem, para não merecerem aqueles castigo. Ivan não tinha propriamente pena de si próprio durante a maior parte do tempo, mas sim ódio das outras pessoas, por se manterem saudáveis, e não reconhecerem à sua frente que ele estava a morrer, criando uma "mentira" à volta da sua doença, como Ivan lhe chama.
A mim pareceu-me que a personagem também começou a ficar um bocadinho paranóica, pois qualquer coisa que visse, que acontecesse, qualquer pessoa que lhe aparecesse à frente, era um atentado à sua pessoa, por se apresentar tão saudável, não normal, tão mundano, enquanto ele ficava deitado, na cama, com horríveis dores.
É um livro que levanta grandes questões, como a importância da vida, a superficialidade da sociedade, o medo da morte, o medo da aceitação da morte, e todos os sentimentos que uma experiência deste género pode trazer ao de cima.
Um livro forte, muito filosófico, muito bem escrito, e que dá para pensar. Poderíamos pedir mais?
1 comentário:
...texto
de
la vid
del
viento
hecho
letras
en
vuestro
estante
siempre...
desde mis---horas rotas---
te sigo estante , comparto tu
bello blog . con un fuerte
abrazo.
afectuosamente:
jose
ramon...
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