Título: Mil Novecentos e Oitenta e Quatro
Autor: George Orwell
Sinopse: Curioso percurso, o desta alegoria inventada para criticar o Estalinismo e invocada ao longo de décadas pelos ideólogos democráticos, e que oferece agora uma descrição quase realista do vastíssimo sistema de fiscalização em que passaram a assentar as democracias capitalistas. A electrónica permite, pela primeira vez na história da humanidade, reunir nos mesmos instrumentos e nos mesmos gestos o trabalho e a fiscalização exercida sobre o trabalhador. Como se não bastasse, a electrónica permite, e também sem precedentes, que instrumentos destinados ao trabalho e à vigilância sejam igualmente usados nos ócios. É graças à unificação de todos os aspectos da vida numa tecnologia integrada que a democracia capitalista pode realizar na prática as suas virtualidades totalitárias. O Big Brother já não é uma figura de estilo – converteu-se numa vulgaridade quotidiana.
Opinião: Há muito que andava para ler esta obra de Orwell. Procurei-a durante meses, mas por qualquer razão, ou achava o preço do livro muito caro ou estava simplesmente esgotado. Foi então que vi a luz na casa dos meus avós pelo Natal: escondido numa estante poeirenta numa edição dos anos 70 lá estava o tão esperado livro.
E bem, como era de esperar, adorei o livro, é como se tivesse sido feito para ser lido por mim nesta altura da minha vida. Sublinho por baixo: sem dúvida uma das maiores obras do século XX.
Tendo-me identificado plenamente com a personagem de Winston, senti o mesmo quanto ao enredo. É incrível como esta obra escrita há sessenta anos ainda permaneça tão actual.
A escrita rápida e fluída de George Orwell acompanha os nossos pensamentos sobre a história a um ritmo alucinante, conseguindo estar sempre à frente das conclusões do leitor.
Sentimos a dor e o pânico de Winston no nosso próprio corpo, à medida que o personagem perde a consciência da sua própria consciência.
Para sempre, um dos meus livros preferidos, com a promessa de ler mais distopias.
4 comentários:
Obgd por seguires :)*
Também tenho este livro na minha estante, à espera que tenha tempo para lhe pegar.
Já li foi outro livro distópico que me disseram que era semelhante e igualmente bom: "Fahrenheit 451" do Ray Bradbury.
Estas duas obras foram escritas praticamente na mesma altura e são tão parecidas que quem lê o Orwell primeiro acusa o outro de plágio e vice-versa.
Recomendo vivamente qualquer um deles. Minto. Recomendo os dois.
Bem, eu já li os dois e, pessoalmente, não os acho muito parecidos. A escrita é muito diferente, disso não há dúvidas, e as histórias exploram coisas diferentes, se bem me lembro.
Mas claro que os recomendo aos dois, sem reservas!
Orwell a presidente!
Obrigada pela dica, vou procurar o Fahenheit 451. :)
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