Título: A Quarta Dimensão
Autor: Raúl Ibáñez
Tradutor: João Pedro Piroto Pereira Duarte
Sinopse: A possibilidade de existirem outras dimensões que escapam aos nossos sentidos fascinou os cientistas de todas as épocas. Embora possa parecer impossível transcender as três dimensões que configuram a nossa experiência do mundo, a matemática demonstrou o contrário e abriu-nos os olhos para um universo de aparições fantasmagóricas e objectos impossíveis.
Opinião: A pergunta no subtítulo talvez seja o primeiro indício de que os assuntos tratados neste livro são capazes de confundir qualquer um. Mas eu, modéstia à parte, estava bem preparado, não fosse o primeiro capítulo completamente dedicado a um livro que eu já li: Flatland, de Edwin A. Abbott. Além disso, volta e meia falava-se nesse livro para ilustrar e explicar algumas noções e conceitos mais abstractos.
Todo o livro levanta várias questões. Afinal, já toda a gente ouviu falar da quarta dimensão e mesmo de outras, mas o que é exactamente esta quarta dimensão? O livro explica que quando se fala na quarta dimensão, se pode estar a falar de várias coisas, como o tempo, já que muitos cientistas defendem que vivemos num mundo a quatro dimensões, três espaciais e uma temporal; mas também se pode estar a falar de uma quarta dimensão no sentido geométrico, uma dimensão abstracta, superior à nossa, e matematicamente manipulável.
Mas é óbvio que esta quarta dimensão, seja ela temporal ou geométrica, é muito difícil de visualizar, ou melhor, é praticamente impossível, a não ser em termos abstractos e, mesmo assim, apenas parcialmente...
Para se perceber melhor esta dificuldade, é só imaginar duas rectas perpendiculares, ou seja, a fazerem um ângulo de 90 graus entre si, e ainda uma terceira recta perpendicular às duas primeiras ao mesmo tempo. Se tiverem uma boa visualização espacial, estão agora a imaginar o princípio daquilo que normalmente vemos como o esboço de um cubo, três linhas perpendiculares entre si, unidas num ponto (um dos vértices). A dificuldade começa agora: para "entrarem" na quarta dimensão, imaginem uma quarta recta perpendicular a essas 3 ao mesmo tempo. É impossível de visualizar.
Por fim tenho que mencionar a curiosa sucessão: o ponto, de dimensão zero; a recta, de dimensão um; o quadrado, de dimensão dois; o cubo, de dimensão três; e o hipercubo, de dimensão quatro!
É mais um livro curioso, interessante, e que acredito ser capaz de despertar o interesse de qualquer um pela matemática, seja leigo, especialista, ou com apenas algumas noções.
2 comentários:
Despertou-me o interesse.
Não acredito :O
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