domingo, 4 de setembro de 2011

Ultramarina

Título: Ultramarina
Autor: Malcolm Lowry
Tradutor: Fernanda Pinto Rodrigues

Sinopse: Com apenas 19 anos, o jovem e inquieto Malcolm Lowry empreendeu a sua primeira viagem ao Extremo Oriente como aprendiz de um barco de carga. Os registos dessa viagem deram origem ao livro Ultramarina, que conta também a história de um rapaz, Dana Hilliot, a bordo de um navio, o Oedipus Tyrannus de Ultramarina. Proveniente da classe alta, Hilliot tem dificuldade em ganhar a confiança dos outros marinheiros que o julgam mimado e incapaz. É a história de uma consciência perdida na imensidão do oceano.

Opinião: Não gostei nadinha. Talvez tenha sido do ambiente algo caótico e desconexo, embora o objectivo seja precisamente transmitir isso mesmo.

A história tem o seu fundo autobiográfico, o que faz deste livro um relato das vivências do próprio autor, para além de uma narrativa ficcionada sobre Dana Hilliot, um rapaz vindo da classe alta que embarca no Oedipus Tyrannus, e que por causa das suas origens tem dificuldade em integrar-se na tripulação, vendo-se envolvido em desconfianças e em pequenos atritos, especialmente com Andy, o cozinheiro, que é particularmente antipático para Dana por achar que está a roubar o lugar a outro rapaz.

Mas enfim, não gostei, pareceu-me uma narrativa inconsequente de uma série de acontecimentos sem grande importância, que se sucedem uns aos outros sem grande ligação entre eles, apesar de no seu conjunto serem indicativos de alguma coisa, "uma consciência perdida na imensidão do oceano.", como diz a sinopse, talvez, alguém que é constantemente posto à margem do ambiente que o rodeia e que, portanto, consegue ver esse ambiente de forma relativamente objectiva, integrando-se aos poucos, batalhando sempre entre mudar para se integrar e integrar-se sem mudar.

No entanto não apreciei o livro, acho que a falta de uma linha narrativa propriamente dita me fez alguma falta, ou talvez eu esteja apenas mal habituado. A verdade é que não gostei, o que faz de Ultramarina o primeiro volume da colecção Não Nobel sobre o qual digo sem dúvida alguma que não gostei.

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