segunda-feira, 6 de julho de 2015

XIII #11 a #22


Eu tentei, a sério que tentei. Mas este barulho que estão a ouvir, sabem o que é? É o desapontamento a aterrar violentamente aqui ao pé de mim, sem mais nem menos. De tal forma que decidi que não valia a pena continuar a arrastar isto: este texto serve como opinião para os últimos onze volumes e a saga como um todo.

Opinião essa que não é muito famosa: se a primeira meia dúzia de volumes (talvez um bocadinho mais, vá) foi realmente interessante, o resto da saga arrasta-se de uma forma ridícula e que dá pena. A sério, dá mesmo pena.

Tanto potencial para contar uma história de espiões e intrigas medievais e rocambolescas nos dias de hoje! No início ainda é exactamente isso, um belo de um conjunto de histórias com personagens que não são más, situações interessantes e resoluções cativantes.

Algumas reviravoltas estranhas, é certo, especialmente com a identidade de XIII, mas tudo razoável. Até ao momento em que deixou de o ser e nunca mais se endireitou. As conspirações passaram a ter conspirações dentro delas, bem enroladas noutras conspirações diferentes das duas primeiras e servidas num prato feito de porrada.

A arte, essa, tem limitações, mas é interessante. Só que aborrece. Não há nada demasiado chamativo (o que até é bom, normalmente) e nem a lufada de ar fresco do argumentista e do artista fez com que a coisa melhorasse.

Enfim, a certa altura isto apenas consegue alongar-se e alongar-se sem propósito para além de chocar e surpreender e tentar a todo o custo manter os leitores cativados. A única coisa que consegue, na minha opinião, é confundir toda a gente que tente perceber a história de XIII. E a história é interessante, apenas mal contada, nem quero imaginar se fosse uma seca descomunal!

Fica, portanto, o aviso. Isto até é porreiro, mas assim que parece que está a descambar, é porque está. Não vale a pena continuarem.

2 comentários:

Jules disse...

Que desagradável! Realmente pelo que foste dizendo isto tinha bastante potencial para ser bem interessante.

Rui Bastos disse...

Indeed... Não valeu a pena...