quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Cell - Chamada para a Morte


O segundo livro de Stephen King que leio, e não me decepcionou. Provavelmente o livro que mais gostei de ler até hoje, "Cell - Chamada para a Morte" é uma história bem ao estilo de King, horror puro, o sobrenatural introduzido levemente e depois a ter um papel praticamente central na história, gore à força toda, e uma escrita fluida, agradável e simplesmente brilhante.

Ao contrário de grande parte das histórias, este livro não tem um fim apocalíptico. Muito menos um clímax apocalíptico antes do fim. Tem um começo apocalíptico. Na minha versão de bolso, na 5ª ou na 6ª página (imagino que na edição normal, seja logo na 2ª ou 3ª página), começa imediatamente e sem qualquer tipo de aviso, uma onde de destruição tal, que me prendeu imediatamente à história.

O causador é o Impulso, um qualquer fenómeno estranho, difundido através dos telemóveis, que basicamente transforma todos aqueles que usarem um telemóvel, numa espécie de zombie-apático-numa-fúria-destruidora-imune-à-dor. Clayton Riddel, e os seus companheiros, tentam sobreviver no meio da devastação caótica em que o mundo se tornou, tal como todos os sobreviventes do Impulso.

Começam a descobrir várias coisas sobre os tais 'zombies', incluindo que eles vão evoluindo, e começam a desenvolver poderes telepáticos, e de levitação e afins. Um incidente em particular chamou-me a atenção. Encontram uma fanática religiosa, que tenta apregoar a sua religião ao grupo, e Tom exibe uma atitude furiosa perante a mulherzinha. Já em "Carrie", uma das personagens, a mãe de Carrie, era uma fanática religiosa. Só li estes dois livros, mas acho que o autor tem algum problema com fanáticos religiosos...

Com pelo menos mais um momento semi-apocalíptico, e um definitivamente apocalíptico (uma explosão, e uma grande explosão), temos uma história repleta de acção da primeira à última linha, sem momentos mortos. Muitos mortos, com mortes horrorosas e sangrentas e nojentas, mas momentos mortos? Zero. Nota-se uma focalização, que também se vê em "Carrie", nos pensamentos das personagens. Diria até uma atenção muito forte para os pensamentos das personagens.

Um livro que só vem provar como Stephen King é um dos melhores autores do mundo, e que vem mostrar porque é que ele é o autor mais bem pago do mundo, e que me vem cimentar a posição dele como meu escritor favorito.

2 comentários:

katy disse...

Hmmm deixas-me curiosa. Tinha na lista Insónia e em casa tenho o Shinning. Mas fico sempre com receio de me encher de medo..e acabo por adia-lo para uma altura em que me sinta mais corajosa..(que nunca chega x))

Rui Bastos disse...

Eu também tenho esses dois na lista para comprar, e de certeza que vou adorar. Stephen King é O escritor... E os livros não metem muito medo. A não ser que tenhas uma grande imaginação. E os leias à noite. Aí são capazes de causar alguns arrepios, mas grande parte é mais gore que outra coisa, sinceramente xD