Anthony Horowitz, um autor normalmente mais virada para a acção e o suspense, entra no mundo da fantasia, com esta colecção, iniciada pelo "O Portão do Corvo". E safou-se bem. Mantendo o suspense que lhe é característico, Horowitz consegue ir dando pequenas pistas ao longo de grande parte do livro, para, de repente, tudo descambar.
É dessa forma que ele escreve a história de Matt, um rapaz de 14 anos cujos pais morreram quando ele tinha apenas oito anos, num acidente de viação. Fica a viver com a meia-irmã da mãe, Gwenda Davis, e o seu companheiro Brian, mas tudo o que lhes interessa, é o dinheiro deixado a Matt. Ele sempre soube que era diferente das outras pessoas, mas optou sempre por ignorar esse facto. Infeliz, encontra um amigo num pequeno patife, que o leva a praticar vários delitos, coisas menores, como pequenos assaltos, e afins. Mas tudo mudo quando os dois assaltam um armazém e tudo corre mal...
Bruxas, energia nuclear, misteriosos assassinatos, os Velhos, Matt, antigas crenças, uma sociedade secreta. Tudo ingredientes que Horowitz consegue juntar, misturar e fazer deles o que quiser, mantendo um certo interesse na história. Honestamente, não achei o livro óptimo, mas gostei, é razoável e dá para entreter. O suspense está realmente muito bem conseguido, embora por vezes me tenha parecido algo exagerado. O estilo de escrita, em si, não me atrai. Frases curtas, por vezes parágrafos inteiros com frase de 3 ou 4 palavras, o que não me agrada lá muito.
Mas tirando isso, é um livro relativamente bom, e aconselhado, em especial, para quem não gosta muito de ler. É um livro que prende logo no início, tem uma história interessante, e é de leitura rápida e fácil.
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